De acordo com especialistas, organizações da sociedade civil e ambientalistas o projeto de lei aprovado pelo Senado que pretende instituir a nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGLA) é um retrocesso sem precedentes que, entre seus pontos graves poderá comprometer a prevenção de danos ambientais e a ação dos órgãos de fiscalização podendo intensificar, por exemplo, o desmatamento na Amazônia que afeta diretamente a biodiversidade (fauna e flora), áreas protegidas como as terras indígenas e a qualidade de vida das pessoas, de forma geral.
Pedro Martins que é um dos coordenadores do ato em Minas e faz parte do Coletivo Alvorada é uma destas vozes que se levantaram contra o projeto de lei. O ativista convoca a população para a manifestação no domingo, chamando a atenção para o risco em se flexibilizar licenciamentos ambientais sem um regramento fortalecido e rigoroso: “O Coletivo Alvorada puxa esse ato com mais de 170 entidades, movimentos e coletivos que representam a diversidade belorizontina e mineira, em defesa do planeta, do Brasil e dos povos brasileiros, mas acima de tudo, em defesa da vida”.
O que corrobora Adriane Rodrigues, ativista, brigadista de incêndios florestais e educadora ambiental que enfatiza a importância de a sociedade mostrar seu descontentamento, quanto às ações dos representantes políticos relacionadas ao meio ambiente, reforçando a da adesão ao ato contra o pl 2159/21.
“O Ato Nacional contra a PL da Devastação demonstra a força e mobilização da sociedade civil organizada. Em BH, reúne integrantes cerca 200 coletivos socioambientais, organizações políticas diversas e instituições acadêmicas numa articulação pouco vista, o que evidencia a preocupação de boa parte da população contra este PL que vem atentar contra o meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito de todos nós”, ratifica Adriane
Incialmente apresentado em 2004 a discussão do projeto foi retomada nos últimos tempos, muito em função do movimento de setores da mineração e indústria que encontraram apoio na figura do atual presidente do senado, Davi Alcolumbre (UNIÃO – AP). Agora, o texto que sofreu modificações, em relação ao pl inicial, retorna para a Câmara dos Deputados que deverá aprovar ou recusar as novas proposições aprovada pelos senadores.
