A queda brusca nas temperaturas deste inverno tem castigado os animais de várias partes do país, e no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, os animais recebem proteção especial para passar por esse período com segurança.
Na cidade, a temperatura chegou a despencar 18 graus em apenas um dia na última semana. Mas os responsáveis pelo Centro – que funciona há 22 anos – já estavam preparados para tomar as providências quando o frio aparecesse. Lonas foram colocadas para barrar o vento que corta os viveiros onde ficam os animais. Para os filhotes, um local fechado com aquecedor.
“Como as mães não estão para esquentá-los, precisamos utilizar um aquecedor elétrico. Os filhotes são os que mais sofrem com o frio”, explica a bióloga Nara Pontes.
No local aquecido estão um macaco bugio, um veado, dois filhotes de pomba e dois tamanduás-bandeira. A mãe destes últimos provavelmente morreu atropelada. Encontrados sozinhos na natureza, são levados para o Cras, onde recebem tratamento e são alimentados.
Segundo a bióloga, a dieta é reforçada neste período. “Em função do frio, os animais recebem uma alimentação um pouco mais calórica”.
“O Cras está próximo da nascente do rio Prosa e em meio à mata fechada. Isso faz com que a sensação de frio seja ainda maior”, relata Pontes.
Nos últimos dias o Cras registrou a morte de uma maritaca e de um tamanduá adulto, que estava se recuperando de uma cirurgia e devido à imunidade fragilizada não resistiu às baixas temperaturas.
Fonte: A Crítica