Spiegel foi o orientador. Participaram também Hilla Ziv, Mookie Breuer, Eitam Arnon e Assaf Uzan, membros do Laboratório de Ecologia do Movimento e Comportamento Individual da universidade.
Em uma série de estudos comparativos entre quero-queros urbanos e seus homólogos rurais nos vales de Beit She’an e Harod, em Israel, o professor Spiegel destaca que “as aves que você vê fora da sua janela urbana são fundamentalmente diferentes em seu comportamento das suas congêneres em áreas menos perturbadas.”
A mudança pode ser em vários hábitos: maior ou menor ousadia — em relação à confiança no ambiente urbano –, velocidade de voo e distâncias percorridas — em relação a obstáculos como prédios, postes e localização de parques ou áreas verdes.
“De forma geral, as mudanças comportamentais em resposta à urbanização podem incluir adaptação, plasticidade comportamental e mudanças na composição de personalidade de uma população”, afirma o professor a Oeste. “Nossos dados apoiam a última – mudanças mais fundamentais no comportamento dos indivíduos.”
Ele destaca que a compreensão do ambiente é crucial para estudar as interações entre as aves e seus habitats. Tais interações, prossegue, são sempre um obstáculo quando se tenta generalizar expectativas entre espécies e ambientes.
“Os vales de Beit She’an e Harod são planos e quentes, com inverno ameno, com 10°C até 40°C no verão”, observa o professor. “Por isso, lidar com o calor é um desafio. Por exemplo, a ave precisa sombrear mais os ovos no chão do que aquecê-los na maioria do dia. Os verões não têm chuva nenhuma, e os invernos mais frescos têm aproximadamente 400–500 milímetros de precipitação anual.”
A região pesquisada tem um mosaico de habitats, incluindo campos agrícolas (trigo, cevada, milho), pequenos assentamentos humanos, muitos jardins irrigados verdes que atraem aves e algumas baias de lanchas.
Beit She’an, conta Spiegel, é uma cidade de médio porte, com parques nacionais naturais, viveiros artificiais de peixes, que são os habitats favoritos das aves.