EnglishEspañolPortuguês

Encontro de tutores de Pit Bull em Manaus (AM) busca combater preconceito

18 de novembro de 2013
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Cercada de má fama, a raça de cães Pit Bull, desenvolvida a partir dos antigos tipos Bull e Terrier, ficou conhecida como agressiva e chegou a cogitar-se o seu banimento. Para combater o preconceito, Anderson Ricardo, criador de Pit Bulls, em companhia de outros adeptos, decidiu realizar em Manaus o 1º Encontro de Criadores de Pit Bull.

O evento será realizado no próximo domingo (24), na Ponta Negra, zona oeste da cidade, a partir das 17h. Na página do evento no Facebook, cerca de 20 pessoas estão confirmadas, mas Anderson afirma que conhece mais de 150 criadores da raça em Manaus.

Ex-dono de um canil, Anderson já chegou a criar 17 cães da raça, mas atualmente cuida apenas de cincos. “Nunca tive problema nenhum com meus animais porque sempre os tratei muito bem e com muito carinho. Hoje, eles são todos adultos e eles continuam só querendo saber de brincar”, contou Anderson.

Segundo ele, a mentalidade das pessoas também mudou bastante com o tempo. “Cada vez menos vemos casos de Pit Bulls violentos, antes era modinha entre os criadores, criar o animal para rinhas. Mas a raça é uma das dóceis que eu já vi”, afirmou ele, que diz ter percebido a mudança há dois anos.

Para ele, há raças bem mais violentas que o Pit Bull. “O Pisncher é muito mais agressivo que um Pit Bull, o fato é que ele não tem a força e o tamanho que um Pit tem”, comentou o criador que para o primeiro encontro levará apenas dois de seus cães.

Anderson conta que antigamente, quando saía para passear com os cachorros, chegava até a sofrer preconceito.

“Não importava se eu estava passeando com um filhote ou um adulto, a hostilidade era a mesma. Chamavam eles de monstros, máquinas de matar, assassinos, entre outros insultos. Agora, as pessoas param e os admiram, até pedem para tirar foto”, contou ele.

Anderson afirmou ainda que dependendo do sucesso deste primeiro encontro, outros mais deverão ser realizados bem como uma associação de criadores de Pit Bull.

“Estaremos sempre trabalhando contra o preconceito”, afirmou. “Cães dessa raça costumam ser bem-humorados, divertidos e afeiçoados à família”, concluiu o criador.

Aprovação do público

A estudante de letras Priscila de Verçosa, de 22 anos, também cria uma Pit Bull de dois anos, chamada Abigail, que atende pelo apelido carinhoso de Bigu.

“Todo mundo que vai lá em casa fica com um medo enorme de entrar por causa dela, sendo que, na verdade, ela é quem morre de medo e foge logo pra casinha quando vê gente desconhecida”, contou a criadora.

Sobre a ideia, Priscila acha ótima e diz que, com certeza, levará Bigu para passear e conhecer novos colegas.

“As pessoas tem que perceber que toda essa difamação surgiu por causa da reprodução sem escrúpulos por cidadãos sem princípios e por causa dos relatos sensacionalistas da mídia”, afirmou Priscila, que diz que confiaria aos cuidados de Abigail a sua irmã pequena.

Fonte: D24AM

Você viu?

Ir para o topo