Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina)
Uma jovem descobriu na última sexta-feira (01) um prédio que era usado para matar cães no bairro Antártida Argentina, em Palpalá-Jujuy, no norte da Argentina. Foram encontrados cães mortos, alguns mutilados e outros pendurados em árvores. As informações são do El Tribuno.
O evento causou uma grande comoção em Palpalá, já que não é a primeira vez que um abate cruel de animais ocorre nessa área. Presume-se que era um lugar para a morte e mutilação de animais, especialmente cães, filhotes e adultos, que teriam tutores, já que muitos dos cães tinham colares de identificação.
A cena foi descoberta por Andrea Avila de 19 anos, que passava perto do local e ouviu o choro de um filhote agonizando, ela acreditava que poderia ser uma criança e seguiu o som até que ele se deparou com a cena. A menina relatou o incidente em redes sociais e em seguida, fez uma denúncia á polícia.
Andrea Avila, em diálogo com os jornais de Jujuy e afirmou como chegou ao local e encontrou “um cenário assustador, em um campo que separa os dois bairros em que se pode entrar por um córrego coberto por uma vegetação que esconde este local terrível, produto pessoas doentes ou sem coração”, disse ela.
Ela também confessou que às 15h da sexta-feira (01), durante uma ida ao supermercado com o seu namorado, escutaram um som estranho e decidiram segui-lo pelo caminho que estava completamente coberto de lixo. Guiados pelo som “começamos a nos preocupar, porque eu pensei que poderia ser um risco ir até lá. Foi quando eu parei para me orientar melhor, sentei e aos meus pés encontrei um cachorro morrendo. Ao escutá-lo enquanto morria entrei desespero porque não podia fazer nada, ele já estava praticamente morto”, disse a jovem.
Ao olhar em volta para as árvores, os jovens viram que haviam animais enforcados e esquartejados por todo o prédio “observando alguns deles no chão, foi uma cena macabra, não sabíamos o que fazer, não podíamos entender tanta maldade”, disse a testemunha.
Utilizando as redes sociais e expondo o seu número de telefone, ela pensou que poderia sensibilizar as pessoas e ajudar aqueles cachorros, mas a jovem gerou uma grande polemica. O relato que ela fez dizia:
“Saímos para fazer compras e perto de um campo em um pedaço que separa um bairro do outro eu senti um grito muito forte, me aproximei com meu namorado a um campo aberto. Vi entre 5 à 6 cães, mas foi difícil os distinguir porque haviam partes espalhadas, e perto havia um saco com um animal em decomposição. Também no local encontrei caixas de vinho e preservativos, fraldas usadas e adesivos. O lugar é muito escondido para ninguém vê-los quando fazem isso”.
Em sua história, a mulher explicou que aquele é “um lugar abandonado que constitui um perigo para todos e está coberto por árvores e grama”. “Eles têm que fazer alguma coisa”, disse em relação às autoridades, enquanto afirmou que já fez a denúncia na polícia da região, descrevendo o que aconteceu.
Como foi relatado por depoimentos de moradores, perto de onde aconteceu massacre, estava uma árvore que foi posteriormente cortada e queimada, para impedir que o lugar fosse novamente para este propósito cruel, mas aparentemente esta medida não impediu que algumas pessoas continuassem com esta prática sádica e doentia.
Preocupados, os moradores da área disseram que esta situação não pode continuar. “Animais e especialmente cães são mortos da pior maneira na cidade de Palpalá e este não é o primeiro caso”. Nas redes sociais há repúdio maciço ao massacre.