Um total de 50 baleias jubarte encalhadas foi encontrado no litoral brasileiro nesta temporada, três a mais do que no mesmo período de 2012. Mais de 640 baleias foram avistadas por pesquisadores nas águas brasileiras em 2013.
Foram avistadas 371 baleias no Arquipélago de Abrolhos e 274 em Praia do Forte, sendo 59 e 28 filhotes, respectivamente
Segundo o Instituto Baleia Jubarte (IBJ), foram 27 ocorrências na Bahia, seguida pelo Espírito Santo, com 13, além do registro de dois encalhes registrados Rio de Janeiro e em Sergipe. Encalhes foram contabilizados ainda no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Paraíba e São Paulo.
O IBJ divulgou que, das 50 baleias jubarte encalhadas, o instituto participou do atendimento de 30 delas. O Programa de Resgate da organização atende também lobos marinhos, botos e golfinhos.
Caso você aviste uma baleia encalhada, basta entrar em contato com a equipe do instituto (ligações a cobrar são aceitas): Praia do Forte: (71) 3676-1463 e (71) 8154-2131 ou Caravelas: (73) 3297-1340 e (73) 8802-1874.
Leia abaixo o relato de um resgate de um golfinho encalhado, divulgado no Facebook:
Na manhã do dia 26 de Novembro um golfinho da espécie Stenella longirostris, conhecido popularmente como golfinho rotador, encalhou na praia de Imbassaí, litoral norte de Salvador, próximo ao hotel Grand Palladium. Esta espécie é conhecida como espécie oceânica – não tendo costume de se aproximar da costa (salvo exceções para áreas de descanso e cuidados com os filhotes, como acontece na ilha de Fernando de Noronha, na baía dos golfinhos).
Com ajuda de voluntários tentamos colocá-la de volta no mar, mas o animal estava adernando quando era solto. Preocupados com a possibilidade de afogamento, foi feita uma pequena piscina na areia para aguardar a chegada da equipe do IMA. A equipe do PBJ, Tamar e IMA (Instituto Mamíferos Aquáticos de Salvador) deu todo o apoio necessário. No início da tarde do dia 26 o animal foi levado para o tanque do Projeto Tamar na Praia do Forte. Passou por exames e medicações. Os exames de sangue indicaram problema no fígado e uma pequena infecção.
No final da tarde do dia 26 levamos o Golfinho (batizada de Beluguinha – pois tivemos que passar protetor solar e ela ficou toda branca) para o porto de Praia do Forte, na tentativa de reabilitá-la em um espaço mais amplo. Ela nadou até a saída do porto, mas voltou a encalhar nas pedras.
Ela foi levada novamente para o tanque do Tamar, onde recebeu mais medicamentos e alimentação (por sonda). Equipes dos projetos e voluntários se revezaram durante toda a noite para ficar com Beluguinha no tanque (ela ainda estava adernando quando soltávamos).
Na manhã do dia 27 levamos o animal novamente para o porto de Praia do Forte, onde iniciou o processo de reabilitação (tentativas de nados mais longos em lugar mais amplo, diminuir o estresse, retorno do equilíbrio, alimentação, medicamentos).
Por volta das 10h30 da manhã, a lancha Água Viva, de Enrico Marcovaldi (Atlântico Sul Imagens) levou Beluguinha até o mar – cerca de 40 metros de profundidade. O animal foi se reabilitando aos poucos e nadou livre.
Fonte: i Bahia