O início da temporada de baleias de 2010 apresentou um recorde de encalhes de baleias jubarte. Até o momento foram confirmados 10 encalhes, sendo cinco no Espírito Santo, três na Bahia, um em Alagoas e um no Rio de Janeiro.
Foram três filhotes, seis animais jovens (que não haviam atingido a maturidade sexual) e um cuja faixa etária não foi possível estabelecer. Apenas um filhote encalhou vivo em Alagoas, mas não sobreviveu.
Em julho as baleias jubarte chegam ao Brasil para iniciar a temporada de reprodução. Durante os próximos meses elas estarão ao longo da costa, especialmente no litoral da Bahia e Espírito Santo, acasalando e dando à luz os filhotes.
A chegada das baleias traz, também, o início da temporada de encalhes desta espécie. Muitas delas morrem por causas naturais ou vítimas de emalhamento em redes de pesca, colisão com embarcações e outras causas. Suas carcaças, que costumam ser trazidas pela maré, acabam encalhando nas praias.
“Também ocorrem encalhes de baleias vivas. Neste caso muitas vezes são filhotes, que se separaram de suas mães e sem elas não conseguem se alimentar, ficam fracos e são atirados à praia. O mesmo pode acontecer com baleias adultas, fracas ou doentes” afirma o coordenador de Pesquisa e Conservação do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes.
Quando expostas ao sol, as baleias encalhadas sofrem com queimaduras, que podem ser fatais, já que a temperatura sobe rapidamente. Também o peso é um complicador, pois comprime pulmões e outros órgãos, fazendo com que cada respiração seja um esforço, dificultando a circulação de sangue em alguns tecidos.
O Instituto Baleia Jubarte fez o atendimento de cinco destes encalhes, mas devido ao avançado estado de decomposição dos animais não foi possível estabelecer a causa da morte.
No Brasil ocorrem em média 36 encalhes de baleias jubarte por ano. Em 2007 houve o maior número de registro, com 41 baleias encalhadas. O alto número de encalhes já no início da temporada pode fazer com que neste ano tal valor seja superado.
O Instituto Baleia Jubarte resgata jubartes na costa da Bahia e Espírito Santo.
O Programa de Resgate do IBJ, em parceria com Instituto de Mamíferos Marinhos, tem um telefone de emergência que funciona 24 horas para atender os casos de encalhe.
Fonte: 360 Graus