Um estudo publicado pela revista científica Alternatives to Animal Experimentation realizado por pesquisadores de diferentes países, identificou 413 ingredientes utilizados na produção de cosméticos, dos quais 63 representaram a existência de 104 testes em animais.
Os ingredientes estavam presentes em produtos vendidos no Reino Unido e União Europeia, que em 2009 baniu os testes de cosméticos em animais, mas que ainda podem ser feitos em último caso, segundo regra colocada pela Agência Europeia de Produtos Químicos, a ECHA.
A polêmica vem pouco após a revelação negativa de que o gabinete do Reino Unido apoiou o recurso da ECHA, para poder continuar realizando testes em animais antes do uso humano. Ainda ano passado, no mês de agosto, a agência ainda impôs uma regra igual para a Symrise, empresa que produz fragrâncias, e permitiu assim o uso de duas substâncias que também passam por testes do mesmo tipo. Por isso, os pesquisadores responsáveis pelo estudo acreditam que por conta desse último recurso, a tendência é que testes desse tipo continuem.
Em entrevista ao The Independent, a Doutora Katy Taylor, que é diretora da parte de ciência e regulamentação do grupo Cruelty Free International, o CFI, disse que essa decisão é como zombar dos países que buscam inovar no campo da pesquisa ao invés de usar métodos cruéis, muito antigos, e que não fazem mais sentido no dia de hoje. O CFI luta pelo fim dos experimentos em animais.