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Empresas de turismo são acusadas de maus-tratos a golfinhos

29 de janeiro de 2020
3 min. de leitura
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Os destinos dos animais são o entretenimento para turistas e o comércio de carne


Créditos: Dholpin Project

Câmeras de ativistas registraram momentos em que pescadores capturaram golfinhos e os carregaram em barcos pela enseada de Taiji, no Japão. Lutando para escapar da rede que os prendia, os animais se machucaram e deixaram um rastro de sangue pela água. Os destinos destes golfinhos podem ser os parques de entretenimento ou a morte para a venda da carne.

De acordo com Tim Burns, gerente de campanha do The Dolphin Project, ao qual pertencem os ativistas que registraram as imagens, “a estimativa é de que, para cada mil mamíferos marinhos capturados, cerca de 200 entram em cativeiro e o restante tem sua carne comercializada”. A venda dos animais pode render aos pescadores até 190 mil libras.

Acredita-se que a empresa de viagens TUI seja o único grande empreendimento britânico a oferecer um pacote de férias para ‘experiências com golfinhos’. Ela possui parceria com o resort Atlantis Sanya, na China, que dispõe de um parque aquático para os hóspedes ‘conhecerem e interagirem’ com os golfinhos, enquanto os fotógrafos capturam o momento. A experiência custa 130 libras por dia.

O grupo britânico Dolphin Freedom UK pediu à agência de viagens que corte os laços com o zoológico SeaWorld e locais semelhantes. Apesar das acusações, o porta-voz da TUI afirmou que a empresa está “comprometida em trabalhar apenas com locais que concordem em apoiar a Orientação Global de Bem-Estar para Animais no Turismo, conforme formulada pela Associação de Agentes de Viagens Britânicos”.

Para Tim Burns, os turistas têm em suas mentes a imagem de que os golfinhos são ‘gentilmente recolhidos’ da costa e “desconhecem quantas criaturas morreram para que eles pudessem nadar com aquele golfinho que encontraram”, disse em entrevista ao Daily Mirror. Os animais são levados para a costa por caçadores que abaixam postes de aço na água e os atingem com martelos. Isso faz com que os mamíferos nadem para escapar do barulho e acabam presos pelas redes.

Créditos: Dolphin Project

Aqueles que não vão para o comércio de entretenimento e sim para o comércio de carne são mortos com uma espiga de metal no pescoço. Vale ressaltar que o comércio é legal no Japão sob suas leis de pesca e está em vigor desde 1960.

Além dos pacotes de viagens para o oriente, a TUI também promove o Dolphin Discovery, que oferece programas de mergulho com golfinhos na América Central e nos Estados Unidos da América, além do SeaWorld. No entanto, ambas as empresas negam a compra de golfinhos nas caçadas de Taiji. A TUI informou que está em contato com suas parceiras para melhorar o bem-estar dos animais e resolver os possíveis problemas.

Já o SeaWord, por meio de seu diretor, Chris Dold, negou relação com maus-tratos e afirmou que “o SeaWorld é reconhecido como líder na definição de padrões para o melhor tratamento de mamíferos marinhos”.


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