Por Natalia Cesana (da Redação)
Antes de comprar as passagens para sua próxima viagem, você deve se certificar se sua bagagem não está dividindo espaço com macacos destinados à cruel pesquisa em laboratórios. Dependendo da companhia aérea, você pode estar voando com esse carregamento cruel.
Segundo informou a Animals Change, a American Airlines (AA) recentemente se juntou a um grupo de companhias aéreas que rejeitam embarcar macacos como carga para serem usados em experimentos. Depois de discussões com a União Britânica pela Abolição da Vivissecção (UBAV), a AA atualizou sua política de condutas para deixar claro que não apoia pesquisas, experimentações ou exploração de primatas.
A UBAV está pedindo às empresas que ainda não aderiram e continuam sendo coniventes com a crueldade, como a Air Canada e a Air France, que proíbam esse tipo de transporte. Nessa semana, a união deu mais um passo nesta campanha e divulgou vídeo sobre o papel das companhias aéreas ao promover esse tipo de pesquisa.
Muitas pessoas conhecem a dor e o sofrimento que os primatas são forçados a passar em nome da ciência. Mas que tipo de vida nossos primos vão ter depois que se tornarem meros fantoches, sem vontades ou direitos?
Países como o Camboja e a Mauritânia lucram com a multimilionária indústria de captura de primatas, que são levados para cativeiros e depois embarcados em viagens internacionais em direção a instalações de pesquisa. A vida desses animais não é agradável. Ser capturado vivo da selva é estressante e perigoso; as instalações do cativeiro são superlotadas e o tratamento é duro.
Durante a viagem de avião, os macacos, geralmente de cauda longa, são socados em caixas apertadas com pouca ventilação e mínima proteção contra a temperatura externa. Os animais podem ficar mais de 15 horas no escuro enquanto o trajeto transcontinental é percorrido. Alguns sequer chegam vivos.
Na Grã-Bretanha, durante debate na Câmara dos Comuns, os empresas aéreas que decidiram abandonar o cruel comércio de primatas foram aplaudidas. Foi exortado ainda que outras empresas façam o mesmo. Vinte e nove membros do Parlamento apoiaram a moção e reconheceram o trabalho da União Britânica pela Abolição da Vivissecção.
No site da UBAV é possível ver quais companhias apoiam o movimento. Pode parecer um pequeno passo, mas boicotar essas empresas deixa uma importante mensagem de que embarcar primatas não deve ser tolerado.
Além de membros dos Parlamento, artistas também têm usado o poder de pressão dos consumidores para pedir às companhias aéreas que ponham um fim a este cruel comércio. Basta que as pessoas apoiem a causa e deixem claro às companhias que não concordam com o embarque de macacos.
Para assinar a petição e pedir o fim dessa crueldade, acesse aqui.