As águas-vivas são as vítimas da vez no triste mercado de animais capturados para serem explorados por empresários sem consciência. Animais invertebrados que fazem parte do equilíbrio do ecossistema marinho, estão sendo criados pelo seu valor estético. Elas são retiradas do habitat natural para viverem em aquários como objeto de decoração de uma casa. Nadando em aquários iluminados, as águas-vivas agora adornam uma sala tão bem como um quadro ou uma lâmpada colorida, é o que acredita o empreendedor americano Alex Andon, cuja empresa Jellyfish Art (Arte de água-viva, em uma tradução livre) faturou US$ 250 mil em 2010 vendendo aquários e águas-vivas.
Animais frágeis, as águas-vivas se liquefazem, literalmente, se colocadas em aquários não apropriados. Elas não possuem ossos e 95% do seu corpo é composto por água. Em um tanque comum, elas são sugadas pelos filtros e despedaçadas. Para não se dissolverem, é preciso haver um conjunto de mecanismos que espirre um jato de água na direção contrária todas as vezes que o animal passar por perto do filtro. Além disso, são animais que se alimentam de plânctons – inviável para quem cria uma água-viva em cativeiro. Por isso, Andon está criando algas e as congelando para vender aos clientes como alimento para seus mascotes.
Com informações da Revista Pegn