Um avanço significativo para os direitos animais marcou o setor de turismo internacional. A empresa Scenic Luxury Cruises & Tours retirou de seu site todos os passeios que utilizavam trenós puxados por cães após analisar as denúncias apresentadas pela PETA sobre as condições cruelmente exploratórias enfrentadas por esses animais.
De acordo com a organização, cães usados na indústria de trenós passam a maior parte de suas vidas acorrentados, expostos a temperaturas extremas e privados de qualquer qualidade de vida. Eles são tratados como ferramentas para entretenimento, sendo forçados a puxar turistas ou a participar de provas exaustivas que já resultaram na morte de mais de 150 cães em competições como a Iditarod. O isolamento, a restrição de movimento e a falta de interação social geram grave sofrimento físico e psicológico.
A empresa também confirmou que não oferece atrações de “nadar com golfinhos”, prática igualmente questionada por organizações de defesa animal. Esses programas, comuns em destinos turísticos, confinam golfinhos em tanques artificiais e lagoas improvisadas, longe de seus grupos familiares e de seu ambiente natural. Muitos desses animais morrem prematuramente devido ao estresse extremo, às condições inadequadas e à privação de comportamentos naturais.
Como reconhecimento pela decisão, a PETA informou que enviaria à empresa uma caixa de chocolates veganos. Mais do que um gesto simbólico, a retirada dessas atrações representa uma ruptura importante com práticas amplamente criticadas por especialistas em bem-estar animal.
A Scenic Luxury Cruises & Tours passa a integrar um grupo crescente de empresas que abandonaram a exploração de animais em nome de uma política mais ética. Outras marcas de grande alcance, como Costco, Maxwell House, Nestlé, Pizza Hut, Safeway, State Farm e Wells Fargo, também deixaram de se associar à indústria de trenós puxados por cães após ações da PETA. Plataformas e empresas do turismo, como Airbnb, Booking.com, Expedia, TripAdvisor, Viking Cruises e Virgin Voyages, igualmente suspenderam a oferta de atividades que envolvem a exploração direta de golfinhos.
Cães são seres sensíveis, leais e capazes de formar vínculos profundos, e não deveriam ser condenados a uma vida de correntes, frio e trabalho forçado. Golfinhos, por sua vez, vivem em complexas estruturas sociais na natureza e percorrem longas distâncias ao lado de seus grupos. A crescente rejeição a atrações baseadas no sofrimento animal mostra que é possível construir uma indústria do turismo mais ética, responsável e alinhada com o respeito à vida.
