Por Raquel Soldera (da Redação)
A justiça de San Bernardo, no Chile, decidiu formalizar a condenação da Empresa Nacional de Telecomunicações (ENTEL) pelo extermínio em massa das águias no morro La Batalla de Lonquén, uma zona de preservação ecológica.
Esta é a primeira vez que a justiça decide agir e identificar a quem corresponde a responsabilidade do crime por maus-tratos a animais em uma empresa. Neste caso, a pessoa é Henry Paul Troncoso, chefe nacional de manutenção da ENTEL.
O escândalo foi desencadeado em novembro de 2009, quando os moradores encontraram 16 aves mortas sob os postes de energia elétrica, colocados dentro da área de proteção ambiental. A fim de esclarecer as mortes, os corpos dos animais foram encaminhados à clínica veterinária da Universidade Andrés Bello, onde o veterinário Carlos Gonzalez encontrou marcas de queimadura elétrica.
Com a denúncia começou uma investigação exaustiva pela Procuradora Marisa Navarrete, que contatou a polícia para realizar a perícia na área. O inquérito concluiu que a empresa instalou em 2002 a fiação elétrica para alimentar uma antena de retransmissão, instalada no interior da reserva ecológica, independentemente dos danos causados ao habitat dos animais.
Na ausência de árvores, os pássaros descansavam e até faziam ninhos nas linhas de energia. Ao abrir suas asas e encostar nos fios, as águias morreram.
Durante o julgamento, o juiz considerou que a ENTEL deve tomar medidas para evitar que estas aves continuam a morrer e fixou como prazo o dia 22 de abril para que a situação esteja resolvida. Caso contrário, o Ministério Público poderá apropriar-se de todos os postes de energia elétrica.
A empresa ENTEL disse que está desenvolvendo uma possível solução para o problema, mas a comunidade e os promotores disseram que só aceitarão medidas substanciais que assegurem que não haverá mais mortes no local.
Com informações de PrensAnimalista