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IMBRÓGLIO

Empresa aérea ignora decisão judicial e tentar impedir embarque de coelho

20 de novembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
2 min. de leitura
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O casal Jorge e Gabriella Guadalupe passaram maus momentos durante a tentativa de embarque junto com seu coelho doméstico, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Os dois se meteram em uma confusão com os colaboradores da companhia aérea KLM (Royal Dutch Airlines), que não deixaram os dois embarcar com o coelho da família. Em um vídeo que circulou nos principais jornais do país, nota-se que a equipe da KLM, em uma expressão de intolerância, agride Jorge que cai por cima da caixa de transporte do coelhinho.

Foto: Instagram | Arquivo Pessoal

Em meio a gritaria e confusão, o casal que providenciou todas as documentações necessárias para levar o animal doméstico, foi descriminado pela espécie do seu tutelado, numa demonstração de ‘inversão de valores’, que a própria companhia área declara obter em seu regulamento. Alegando “equívoco interno” a KLM declarou que o caso será investigado pelas autoridades responsáveis.

O incidente alerta para uma conjuntura que não acompanha a evolução dos direitos animais. O casal afirmou em entrevista para o portal R7, que possuía a liminar necessária, incluindo uma autorização judicial e da companhia, na hora do embarque do animal na cabine do avião.

Em contrapartida, a tripulação disse que teria desconhecimento sobre o transporte excepcional naquele dia. No site da KLM, ao se referir aos “animais domésticos”, a companhia diz: “seu amigo peludo merece uma experiência de viagem tão boa quanto a sua”. Em determinado trecho eles insinuam que apenas cães e gatos estão nessa categoria de tratamento exclusivo.

Segundo a legislação, para transportar quaisquer animais para o exterior é necessária a Guia de Trânsito Animal (GTA), que é um documento emitido pelo Ministério da Agricultura ou pelo órgão de defesa sanitária de cada estado.

Ainda de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), para levar animais para outros países ou trazê-los para o Brasil, é preciso verificar se: 1. A espécie do animal é aceita no país; 2. Se as vacinas exigidas estão em dia; e 3. Se o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) foi expedido dentro da data prevista da viagem.

O casal que se define como “dois apaixonados pelo mundo, pela natureza e por trilhas” em um perfil no Instagram, já realizaram diversas viagens internacionais. “Se você passar muito tempo com os animais, corre o risco de se tornar uma pessoa melhor”, conta Jorge em um dos seus posts, beijando o coelho que foi vítima de discriminação.

Apesar da confusão, o animal conseguiu embarcar na aeronave rumo a Amsterdã.

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