Nesta quarta-feira (27), um empregado da fazenda foi processado por 12 acusações de crueldade contra animais depois que um grupo de protetores dos animais divulgou um vídeo em que ele e outras pessoas apareceriam batendo em vacas com barras e cutucando-as com forcados.
O vídeo foi gravado em uma investigação secreta na fazenda Conklin Dairy Farms Inc., segundo a Mercy for Animals, ONG cujo objetivo é mostrar práticas cruéis das indústrias de leite, carne e ovos. A entidade também faz propaganda da dieta vegana (alimentação exclusivamente à base de produtos vegetais e livres da exploração animal).
Conforme matéria publicada na ANDA nesta quarta-feira, o vídeo, que tem cenas chocantes, mostra trabalhadores chutando a cabeça de bezerros. Ele mostra uma vaca sendo imobilizada e agredida até sangrar.
O acusado, Billy Joe Gregg Jr, de 25 anos, foi preso em Mechanicsburg, segundo o promotor Tim Aslaner. Morador de Delaware, em Ohio, ele não constituiu advogado ainda.
Cada condenação por crueldade por animais pode gerar uma pena máxima de 90 dias de prisão e multa de US$ 750 (cerca de R$ 1.400).
A empresa, cuja sede fica em Plain City, condenou as imagens e disse que Gregg foi demitido. A companhia também prometeu cooperar com as autoridades.
O vídeo bruto, de 20 horas, está sendo analisado pelos policiais. Ele foi gravado no final de abril e começo de maio, segundo a entidade.
A polícia disse que a investigação poderia resultar em mais acusações, pois outras duas ou três pessoas apareceriam no vídeo.
Com informações do Expresso MT
Nota da Redação: Essa boa notícia infelizmente esconde uma verdade menos palatável. Corre-se o risco de que a grande culpada dessa estória de violência e abuso saia ilesa. A agricultura animal é uma atividade violenta em si. A agressividade contra os animais é inerente ao sistema. Esse trabalhador é um sádico, mas não podemos ignorar o fato de que seu impulso violento foi favorecido pelo ambiente e as condições de trabalho nas quais ele se encontrava.