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CAMADA DE OZÔNIO

Emissões de gás de efeito estufa mais poderoso que o CO₂ aumentam 40%

O Brasil é um dos responsáveis pelo aumento das emissões da substância, que é capaz de reter o calor na atmosfera por mais de um século

16 de junho de 2024
Alessandro Di Lorenzo
2 min. de leitura
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Foto: DesignRage/Shutterstock

Um novo relatório alerta para o aumento das emissões de uma substância considerada 300 vezes mais poderosa do que o dióxido de carbono (CO₂) no aquecimento do planeta. Os níveis de óxido nitroso (N₂O) na atmosfera estão 40% maiores em comparação com 1980.

Óxido nitroso corrói a camada de ozônio

  • Os fertilizantes nitrogenados, juntamente com o esterco animal, produzem diretamente quase três quartos das emissões globais de N₂O.
  • A substância retém o calor na atmosfera por mais de um século, aumentando as temperaturas no planeta.
  • O óxido nitroso também corrói a camada de ozônio.
  • No entanto, não desperta tanto interesse em função de ser um gás de efeito estufa menos famoso do que o dióxido de carbono e o metano.

Brasil é um dos maiores responsáveis pelas emissões

O relatório, que avalia as fontes globais de N₂O, foi publicado na revista Earth System Science Data. Ele aponta que as demandas populacionais e as economias em crescimento têm causado o aumento das emissões da substância.

Os pesquisadores observam que a Europa reduziu a liberação de N₂O na atmosfera desde a década de 1980 em 31%. No entanto, as economias emergentes tomaram o lugar dos europeus. Em 2020, os cinco principais países emissores em volume de emissões de N₂O foram China (16,7%), Índia (10,9%), EUA (5,7%), Brasil (5,3%) e Rússia (4,6%).

O documento evidencia uma relação intrínseca entre as mudanças climáticas e a agricultura. Por exemplo, se as variáveis climáticas reduzirem a produtividade ou degradarem substratos, é mais provável que os produtores usem uma quantidade maior de fertilizantes nitrogenados, causando mais danos ao meio ambiente.

Dessa forma, cientistas têm trabalhado para encontrar maneiras de usar esses fertilizantes de forma mais eficiente, para diminuir as emissões sem comprometer a produtividade.

Estimativas indicam que é preciso diminuir, em média, cerca de 20% das emissões de N₂O até 2050 em relação aos níveis de 2019 para manter os patamares propostos no Acordo de Paris. O documento global prevê que o aumento das temperaturas seja mantido abaixo dos 2°C em relação à média pré-industrial.

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