Embora ameaçado de extinção, o papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) dá sinais de que está se recuperando. O resultado do último censo populacional da espécie no Paraná, que acaba de ser feito pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), de Curitiba (PR), contabilizou 5.099 indivíduos – o maior número já registrado até agora no estado.
O primeiro censo da espécie no Paraná é da década de 1990, quando foram registrados cerca de 3,5 mil indivíduos.
“É um indício de que estamos no caminho certo para recuperar a espécie”, comemora a bióloga Elenise Sipinski, coordenadora do projeto Conservação do Papagaio-de-cara-roxa, da SPVS.
Na tentativa de garantir o sucesso reprodutivo do chauá, os pesquisadores da SPVS tiveram a ideia de construir ninhos artificiais na floresta. No litoral norte do Paraná foram instalados 70 ninhos de PVC ou madeira, que abrigaram 63 filhotes, dos quais 58 chegaram à fase adulta.
Já nos ninhos naturais, dos 40 filhotes monitorados nesses ninhos, apenas 20 sobreviveram.
Por não construir ninhos, o chauá se apropriam de troncos velhos de árvores, especialmente ocos do guanandi (Calophyllum brasiliense).
Esses ninhos naturais, agredidos pelo vento e pela umidade, no entanto, não duram muito tempo. O tronco do guanandi também é visado por pescadores locais que vêem nessa madeira boa alternativa para a fabricação de canoas, o que danifica o lar do chauá.
Fonte: Apucarana Notícias