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Em vez de fogos de artifício, que tal beijo na boca?

17 de dezembro de 2013
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Para uma pessoa como eu, nascida e crescida em São Paulo, Milão, na Itália, onde moro hoje, tem se mostrado uma cidade bastante preocupada com a vida humana – dizem que ela é a capital italiana da solidariedade. Mas essa preocupação dos governantes com o bem-estar dos habitantes não se estende só aos animais humanos. Para a minha surpresa, a Prefeitura de Milão recomenda todos os anos que as pessoas não comemorem a entrada do Ano Novo com fogos de artifício, pois todo o estrondo provocado por esses explosivos perturba, assusta e pode até matar animais domésticos e selvagens, que de fato se sentem aterrorizados com toda a barulheira.

A sugestão da Prefeitura veio por carta, escrita por Valerio Pocar, defensor dos animais e professor de Sociologia do Direito na Università degli studi di Milano-Bicocca. “Não se pode exigir com o uso da força que os habitantes de uma cidade como Milão, caracterizada pela fidelidade ao princípio de respeito ao próximo, se abstenham dos fogos, mas existem outros meios de festejar e de se divertir sem causar problemas aos nossos sensíveis amigos animais – sejam aqueles que vivem em nossas casas ou aqueles que vivem nas áreas verdes da cidade”, escreveu o professor.

De que outra maneira você pode festejar? Eu, particularmente, sugiro um delicioso beijo na boca, um brinde bem gostoso, um abraço apertado, sete pulinhos na onda, não sei quantas garfadas de lentilha, uma colher de romã… Dizem que essas superstições trazem sorte, mas pragmaticamente também evitam que um monte de gente corra risco de se queimar com os tais fogos. Para terminar, ou melhor, para começar o ano com energias renovadas, desejo a valente equipe da ANDA, aos seus fieis leitores e aos nossos maravilhosos amigos não humanos um FELIZ 2014.

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