Todos os dias, pelo menos um registro de cativeiro ou de maus-tratos a animais é recebida pela Delegacia Especializada de Investigação de Crimes contra a Fauna da capital. Apenas no último semestre foram registradas 199 ocorrências.
Os números foram fornecidos pela delegada Francione Fintelman, titular da delegacia, que participou nessa quarta-feira (16) do programa Central 98, da Rádio 98 FM. A policial assumiu a unidade há pouco mais de uma semana e disse que o maior desafio é a demora das pessoas em denunciar os crimes contra animais. “Isso atrapalha qualquer investigação que vamos fazer, como uma perícia”, disse.
Segundo Francione, a maior parte das ocorrências recebidas são de pássaros silvestres mantidos em cativeiro. “Os autores de crimes contra animais estão sujeitos a detenção, que varia de três meses a um ano, além de multa” avisou.
Orientações
Além da delegada Francione, o programa também contou com a participação do terapeuta canino Jean Cloude, da veterinária Pillar Gomide do Valle e da presidente da ONG Cão Viver, Denise Munin.
Cloude explicou como os cães são afetados, psicologicamente, pelo abandono ou maus-tratos, e deu dicas para ensinar truques quando os animais estão na fase adulta. Pillar deu dicas e orientações sobre a leishmaniose e a toxoplasmose. Ela derrubou o mito de que grávidas não podem ter contato com gatos, por risco de contrair doenças.
Já a presidente da ONG Cão Viver, Denise Munin, apresentou critérios para adoção de animais e disse que dentre os principais motivos que levam uma pessoa a abandonar um animal ocorre quando o cão ou gato fica velho ou o tutor precisa viajar ou mudar.
Fonte: Hoje em Dia