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Em MS, tutor nega agressão à cadela e diz que vira-lata foi atropelada

25 de março de 2012
3 min. de leitura
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Tutor de cachorra que ficou paraplégica diz que ela foi atropelada em casa. Segundo polícia, depoimento do rapaz contradiz informações do irmão dele.

Mel se recupera da cirurgia realizada na quarta-feira (21) (Foto: Hélder Rafael/G1MS)

O tutor da cadela vira-lata Mel de 3 meses, que perdeu os movimentos das patas traseiras em razão de lesões na tíbia e na medula, prestou depoimento a Polícia Civil, em Campo Grande (MS), e negou que agressões tenham provocado a paraplegia no animal.

De acordo com a delegada Suzimar Batistela, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat), o rapaz de 25 anos disse em depoimento na segunda-feira (19), que atropelou acidentalmente a cadela após dar uma marcha ré no veículo.

No depoimento, o rapaz disse à delegada que sentiu quando o pneu passou em cima da Mel, ele teria entrado em desespero. O suspeito disse ainda que possui outros dois cachorros com deficiência, e afirmou novamente que não agrediu a cachorrinha.

Segundo a delegada, as explicações do tutor contradizem o depoimento que o irmão dele, de 23 anos, prestou à delegacia no último sábado (17). Foi o jovem que levou a cadela na clínica onde o animal foi atendido. À polícia ele disse que viu o tutor de Mel dando um chute na cadela.

De acordo com Suzimar, a clínica veterinária está finalizando o laudo médico da vira-lata, já que ela passou por uma cirurgia na quarta-feira (21). Mesmo com o resultado do laudo a delegada afirma que somente através de depoimentos conseguirá identificar o que deixou a cadela paraplégica.

“No laudo médico não há como precisar o que causou os ferimentos na cadela. Nós precisamos descobrir qual dos dois irmãos está mentindo”, afirma a delegada.

Suzimar não descarta a possibilidade de uma acareação entre os irmãos. Um novo depoimento do jovem que levou à cadela até a clínica foi marcado para a tarde desta sexta-feira (23), mas de acordo com a delegada, o jovem não compareceu à delegacia.

Caso

Um inquérito para apurar o caso de maus-tratos foi aberto na sexta-feira (16). A cadela está há 26 dias internada em uma clínica veterinária de Campo Grande. De acordo com a médica veterinária Ana Lúcia Salviatto, a cachorrinha foi deixada na clínica no dia 27 de fevereiro.

Mel teve fratura na tíbia e os membros inferiores ficaram paralisados, a cadela não anda e não consegue se equilibrar nas patas da frente.

Doações

A veterinária Raquel Masae Hosokawa, que também acompanha o tratamento de Mel, conta que, nos últimos dias, a clínica recebeu várias doações de medicamentos, fraldas e ração, além de dinheiro, para auxiliar nas despesas do tratamento de Mel.

“As pessoas nos procuram diariamente para saber como ajudar. Vamos fazer uma listagem de produtos necessários e também de custos, porque os médicos que atendem a Mel já estão prestando serviços com preço bastante reduzido”, diz Raquel.

Fonte: G1

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