Por Rachel Siqueira (da Redação – EUA)
Em entrevista dada ao site de notícias Xinhua, Dr. Li Lifeng, diretor do Freshwater Program, do World Wildlife Fund (WWF), falou sobre a relação entre a saúde dos rios e os botos.
“O bem-estar dos botos é um crítico indicador da saúde dos rios e a diminuição da quantidade desses mamíferos nos rios deve soar como um alarme para todos – nossos rios estão em risco, precisamos implantar mudanças para frear essa queda”, disse Dr. Li., que acaba de lançar um relatório de pesquisa intitulado “Botos e Pessoas: Rios Compartilhados, Futuro Compartilhado”, na Semana Mundial da Água.
Ele disse que botos e golfinhos nadam em alguns dos maiores rios do mundo, incluindo o Yangtze, o Ganges, o Mekong, o Indus e o Amazonas.
“Baiji, o boto do rio Yangtze, é funcionalmente extinto – uma história triste. Nos traz esperança saber que, em um braço do rio Yangtze, ao longo de uma década de cultivo, o número de botos subiu – antes alguns poucos, agora temos cerca de 35. Isto dá às pessoas a esperança de que, se a humanidade tiver cuidado, é possível ter mais botos”, disse Dr. Li.
“Talvez seja possível nas águas calmas, nos braços do rio Yangtze.”
Dr. Li apoia a total proibição da pesca no rio Yangtze e disse, ainda, que salvar os botos terá efeitos positivos não apenas sobre a biodiversidade do Yangtze e de outros rios, como também contribuirá com os ecossistemas de água doce dos arredores, bacias hidrográficas internacionais e, finalmente, trará benefícios também para a população.