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VOLUNTARIADO

Em Canoas (RS), abrigo para cachorros encontrados na enchente pede ajuda para cuidar de mais de 2 mil animais

Nos primeiros dias do abrigo, 300 pessoas se inscreveram para passear com os animais. Hoje, são menos de 100. O resultado é que os cachorros ficam presos nas baias, estressados e não param de latir.

26 de maio de 2024
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Abrigo em Canoas precisa de voluntários para cuidar dos cachorros — Foto: Jornal Nacional/Reprodução

Em Canoas (RS), um abrigo está precisando muito de ajuda para mais de 2 mil cachorros resgatados na enchente.

Os latidos ouvidos de longe são como um pedido de socorro. O abrigo de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tem quase 2,5 mil animais perdidos na enchente. Ao chegarem, eles passam por uma triagem em um hospital veterinário de campanha, enviado pelo governo de São Paulo. Depois, seguem para um dos seis galpões construídos por voluntários em uma área cedida pela prefeitura. Tem até maternidade, onde já nasceram mais de cem filhotes.

Uma das principais missões dos voluntários é passear com os animais. Nos primeiros dias do abrigo, 300 pessoas se inscreveram para isso. Hoje, são menos de cem. O resultado é que os cachorros ficam presos nas baias, estressados e não param de latir.

“A gente acaba tendo problemas de eles subirem nas baias, se jogarem para baia do lado, não ter alguém que limpe, que veja se tem água, comida. Então, acaba ficando bem complicada a situação”, diz Katterine Haas, coordenadora do abrigo.

A voluntária Niliane Felipe tem dedicado os dias para cuidar dos animais.

“Nós chegamos 8h, saímos 22h. Precisamos muito de ajuda, de pessoas que venham pelo menos passear com eles”, conta.

Todos os cachorros são identificados com um microchip e as imagens compartilhadas nas redes sociais para facilitar a busca dos tutores. Mas nem sempre é fácil achar. O montador de palet Evonildo dos Santos Ribeiro está desesperado.

“A gente se emociona porque é parte da nossa família. Quando a enchente pegou lá, primeiro eu tirei minha família e meus cachorros. Aí ficou em uma laje lá em cima e não deu para levar ele junto”, conta.

A busca do autônomo Delmar Rodrigues já teve final feliz.

“Tenho dois irmãos autistas que eles não dormem de noite por causa das cachorras. Graças a Deus está aqui. É essa aqui, minha nega, princesa”, relata.

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