O desaparecimento de uma cachorrinha mobilizou uma família, amigos e diversos moradores de Caçapava, no interior de São Paulo, no último mês. No dia 12 de julho, Sandy — uma cachorrinha da raça basset — sumiu enquanto sua tutora colocava o lixo para fora de casa.
Priscila Monteiro, que é a tutora de Sandy, contou como aconteceu o desaparecimento e a angústia que ela e a família têm vivido sem o animal. O sumiço aconteceu no bairro Jardim São José.
“Eu saí no portão, como eu saio às vezes para colocar o lixo, foi coisa de segundos. Eu saí na calçada, fechei o portão e voltei para dentro. Nesse meio tempo a minha cachorrinha saiu junto comigo e eu não percebi. Na frente de casa tem câmera. Foi coisa de 20 minutos para a gente perceber que ela não estava dentro de casa e saí para procurar”, relembrou.
Ao perceber o desaparecimento de Sandy, Priscila contou que toda a família e amigos foram mobilizados, ainda naquele 12 de julho. O desaparecimento aconteceu por volta das 20h.
“Desde então tem sido essa busca e é muito difícil. Sempre surgem os comentários de que viram uma basset, a gente corre desesperado no lugar e, quando chega, não é a nossa [cachorra]”, explicou.
Em um dos rumores, a família recebeu a informação de que a cachorrinha poderia estar em um terreno que possui uma área extensa de vegetação. Para a busca, Priscila contratou uma equipe especializada em encontrar pets, com cães farejadores.
“Contratei a ‘busca animal’, que é uma equipe com cães farejadores. Vieram dois rapazes e os cachorros fizeram uma busca na área de mata. Disseram que o faro dela estava por lá, mas não localizaram ela. Desde então começou essa saga em busca da Sandy”.
A busca seguiu com cartazes, que foram impressos e distribuídos por todo o bairro onde Priscila mora. Também houve a colocação de uma faixa e um outdoor na região central da cidade. Uma recompensa de R$ 3 mil também foi oferecida, além de um carro de som foi contratado para circular pelos bairros anunciando o desaparecimento e a recompensa. Tudo para encontrar Sandy.
Cachorra dócil
Segundo a tutora, Sandy está com a família desde os 45 dias de vida. Ela completa quatro anos de vida no mês de outubro e é tida como uma cachorrinha dócil e é apegada com o filho de 10 anos.
“Ela é muito dócil, muito amável, muito grudada comigo e com meu filho principalmente. Ela sabe o horário que ele chega da escola e fica esperando ele, ela sabe o horário que eu chego do trabalho e, quando eu chego, ela faz festa“, disse.
“Ela é super carinhosa, muito grudada com o meu filho, dorme no quarto dele quando ele fica doente. É a coisa mais linda. Ela fica do lado dele o tempo inteiro. Então, como ele é filho único, ele é parceirinha dele. Quando ele vai tomar banho, ela espera ele na porta do banheiro. É demais o relacionamento dos dois. E é por isso que eu estou fazendo tanto para ter ela de volta com a gente. Porque ela faz muita falta e ela tem um papel na nossa família”.
De acordo com Priscila, a rede de solidariedade tem reconfortado o coração e amenizado a angústia de toda a família. Segundo ela, a solidariedade vem até de pessoas desconhecidas.
“A empresa de outdoor me deu desconto, a impressão que contratei imprimiu 200 folhas a mais por conta deles, a gráfica que fez o cartaz me deu um desconto e fez a faixa em tempo recorde. Um amigo usou o trator dele sem cobrar nada para fixar o cartaz para nós e tudo pela causa, todos desejam que possamos encontrá-la. Isso tem sido muito reconfortante”, finalizou.
Quem tiver informações sobre o animal, pode entrar em contato com a família pelo telefone (12) 99178-9747 ou (12) 99207-2259.
Fonte: G1