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Em busca de alimentos, animais silvestres morrem atropelados em GO

14 de março de 2012
2 min. de leitura
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(Foto: Reprodução/G1)

O crescimento das lavouras e o avanço do desmatamento no município de Jataí, a 321 km de Goiânia, têm contribuído para aumentar o número de acidentes envolvendo animais silvestres na BR-364, rodovia que liga as regiões Sudeste e Norte do país. Segundo o biólogo Ailton Katsuama, por causa da degradação ambiental, os bichos são obrigados a percorrer longas distâncias em busca de alimentos. E, durante esse percurso, muitos acabam morrendo atropelados.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não existem dados estatísticos sobre o número desses casos registrados nas estradas que cortam o estado. Entretanto, durante um trajeto de aproximadamente 100 km, entre Jataí e Mineiros, a TV Anhanguera flagrou um tamanduá-bandeira, um quati e um lobo-guará mortos às margens da BR-364.

O caminhoneiro Carlos Mendes conta que esse tipo de fatalidade acontece constantemente na rodovia. “Já vi vários animais mortos na pista por aqui. Há poucos dias desviei de um animal que tinha sido atropelado e estava se debatendo próximo a São Simão”, afirma.

A rodovia, que mede cerca de 15 metros de largura, não possui placas alertando os motoristas sobre o risco de animais silvestres na pista. Por isso, a PRF orienta aos motoristas que redobrem a atenção, principalmente à a noite, em trechos onde existam matas às margens da estrada. “Ao ver um animal silvestre, o condutor deve reduzir a velocidade para que não ocorra um acidente. Todo cuidado é pouco”, salienta o inspetor da PRF Moisés Alves.

Sudeste

Em Catalão, o Ministério Público (MP) tomou medidas para reduzir o número de acidentes envolvendo animais nas rodovias próximas ao município, que nos últimos cinco anos registrou 50 atropelamentos com animais de grande porte, como vacas e cavalos.

Após as polícias Rodoviária Estadual e Federal apresentarem um documento com esses dados, o órgão autorizou que policiais abatam os bichos que estejam circulando próximas às margens das estradas. De acordo com o MP, o principal objetivo é fazer com que os fazendeiros cuidem melhor das cercas que ficam nas propriedades rurais.

Depois que a medida entrou em vigor, nenhum animal foi encontrado circulando nas rodovias e, por isso, não teve nenhum abate, garantem a PRF e a PRE.

Sinalização

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), após o período chuvoso, as obras de recuperação da BR-364 serão retomas e, logo depois desse procedimento, serão instaladas placas sinalizando a existência de animais silvestres ao longo do trecho. O órgão afirma que isso deverá ser feito ainda no primeiro semestre deste ano.

Assista à reportagem aqui.

Fonte: G1

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