Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Milionários do Sri Lanka estão arrancando bebês elefantes de suas mães para explorá-los como animais domésticos “de luxo”.
Aprisionar elefantes é ilegal no país, mas mais de 40 já foram sequestrados dos parques nacionais. Segundo as autoridades locais, famílias emergentes confinam elefantes como símbolo de status e prova de sua ascensão social.
Apesar dos animais serem tradicionalmente venerados no Sri Lanka, até monges budistas tem sido investigados por ligação com o tráfico da vida selvagem. O especialista em elefantes Jayantha Jayewardene relata que a aristocracia do país costuma manter elefantes confinados para demonstrar poder: “Os novos ricos querem ter um elefante em casa como sinal de prestígio, para exibir na vizinhança.”
No início do ano, ativistas pelos direitos animais ficaram revoltados com a decisão do governo de presentear o Primeiro Ministro da Nova Zelândia com um filhote de elefante.
Para piorar, o sequestro dos filhotes muitas vezes significa também o assassinato de suas mães. “O instinto maternal dos elefantes é muito forte e as mães lutam até o fim para defender seus filhotes dos caçadores,” diz Jayewardene.
Pubudu Weerarathna, líder do grupo Species Conservation Centre wildlife, tem resgatado vários filhotes de elefantes, muitos à beira de uma overdose de tranquilizantes, que são administrados para mantê-los dóceis.
Várias figuras públicas também estão envolvidas nos crimes contra a vida selvagem. No último mês, o juiz Thilina Gamage foi preso por explorar um filhote de elefante confinado em sua casa. Logo depois, o monge budista Uduwe Dhammaloka também foi condenado por manter um elefante de 2 anos preso no templo.
Graças aos esforços dos ativistas pelos direitos animais, o governo abandonou a tradição cruel de oferecer animais como presentes e vários exploradores estão sendo julgados e presos.
Os oficiais da vida selvagem do país relatam que ainda há cerca de 200 elefantes mantidos em cativeiro, por isso a luta deverá continuar até que todos estejam livres da vaidade humana.