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Elefantes são torturados e obrigados a pintar quadros em acampamento turístico

6 de julho de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/OneGreenPlanet
Reprodução/OneGreenPlanet

Os elefantes são seres magníficos. É encantador observar esses animais e a ideia de assistir a um elefante gentil pintando a imagem de uma flor parece comovente, certo?  O problema é que essa cena deveria se limitar à imaginação.

O chamado Maesa Elephant Camp, na Tailândia, está em operação desde 1976 e é o primeiro a explorar elefantes treinando-os como “artistas”.

Em nenhuma circunstância uma pessoa iria se deparar com um elefante em estado selvagem pintando um quadro, afirma o One Green Planet.

“Elefantes pintores” só existem por meio do confinamento, exploração e abuso. E essa é só mais uma forma cruel de violar os direitos desses animais.

O turismo que explora elefantes é extremamente popular na Tailândia, tanto que a população nativa de elefantes asiáticos praticamente desapareceu de seus habitats.

Reprodução/OneGreenPlanet
Reprodução/OneGreenPlanet

O acampamento está localizado fora de Chiang Mai e mantêm 78 elefantes confinados, todos comprados como se fossem objetos pelo fundador do acampamento, Choochart Kalmapijit ao longo dos últimos 30 anos.

A alta inteligência dos elefantes é relacionada frequentemente a sua capacidade de aprender a pintar tão facilmente. No entanto, assim como um elefante em estado selvagem não escolheu fazer performances, com os quadros não é diferente.

Segundo o site do Maesa Elephant Camp, os artistas começaram a subir ao palco em 2000 “quando os filhotes atingiam dois anos e era hora de separá-los de suas mães” e assim começou a exploração de filhotes que eram treinados para aprender certas competências, incluindo a pintura.

Além disso, o site diz que demorou cerca de um mês para ensinar os elefantes a segurar um pincel com seus troncos. Uma vez que esta capacidade foi dominada, eles “estavam prontos para aprender a mergulhar os pincéis para pintura”.

“Um dos nossos prodígios pintou pontos, enquanto os outros três escolheram pintar belas linhas.” E assim, a Galeria Maesa foi iniciada.

O grupo Born Free explica que é um “mito” afirmar que capacidade do elefante para pintar é um resultado de sua inteligência natural.

Pelo contrário, o grupo refuta diretamente a história de Maesa sobre como os elefantes aprenderam a pintar, “elefantes suportam meses de abuso físico para aprender a segurar um pincel, desenhar uma linha reta e pintar flores e folhas em árvores.”

Como os elefantes usados na indústria de trekking, os filhotes de elefantes que são usados para a pintura são abusados e experimentam dor.

Durante esse tempo, os filhotes estão famintos, são algemados e espancados até que seus instintos sejam completamente anulados, para que então se submetam à vontade dos seus captores. Assim, eles aprendem a pintar.

Para treinar o elefante para mover os pincéis com o intuito de criar padrões que reconhecemos como flores, árvores ou até mesmo um elefante, são usados métodos dolorosos para guiar os movimentos do animal.

Além disso, se os elefantes pintam incorretamente, eles são espancados. Quando esta habilidade é dominada, o elefante deverá recriar o mesmo padrão a cada dia, às vezes duas ou até três vezes.

A boa notícia é que o público pode mudar essa realidade cruel ao recusar-se a patrocinar essas atividades. O Maesa não é o único “acampamento de elefantes” da Tailândia, que poderia ser facilmente comparado a um centro de tortura. Existem muitos outros locais que adotam práticas semelhantes e devem ser denunciados e combatidos.

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