A situação da caça furtiva nas áreas de conservação continua a preocupar as autoridades governamentais que já lançam um grito de socorro, pois a prevalecer a situação alguns animais com destaque para o elefante correm risco de extinção, caso não sejam tomadas medidas urgentes.
De acordo com o ministro do Turismo, só na província de Cabo Delgado, 597 animais, incluindo elefantes, foram mortos. Em consequência, o país teve um prejuízo de cerca de 800 milhões de meticais.
«Este valor de 800 milhões de meticais é apenas relativo a Cabo Delgado. Esta província, está, porém, a registar uma ligeira redução no que se refere ao abate de animais de grande porte, graças ao reforço de fiscalização entre as forcas militares e paramilitares» disse Carvalho Muário.
Segundo a mesma fonte, só no 1º semestre de 2013 Cabo Delgado registou o abate de cinco elefantes contra três no mesmo período do anterior.
«Em Moçambique já não temos rinocerontes, por terem sido vítima de mortes indiscriminadas de caçadores furtivos, alguns dos quais são estrangeiros provenientes dos países vizinhos. Esta situação verifica-se em quase todos os parques existentes em Moçambique e os elefantes são os mais procurados pelos furtivos devido ao seu valor económico», acrescentou.
Carvalho Muário disse que o governo esta perante um grande desafio de combater a caça furtiva, uma vez que a maioria dos caçadores usam em algumas ocasiões armas automáticas e silenciosas nas suas incursões. Como resultado, Moçambique está a trabalhar com alguns países da região na definição de estratégias de controlo desta calamidade.
Há já um acordo assinado com o governo da África do Sul, com vista à gestão das áreas de conservação, estando a decorrer negociações técnicas também com a Tanzânia no sentido de formar ações conjuntas de combate à caça.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: abola.pt