Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Quatro elefantes que haviam sido resgatados no início de junho voltaram a ter a vida infernal que levavam antes, depois que seus antigos exploradores do Rambo Circus apareceram para levá-los de volta.
“Estávamos prontos para lhes oferecer cuidados e liberdade pelo resto de suas vidas. No entanto, isso não foi suficiente para protegê-los de seus agressores”, escreveu o grupo SOS Vida Selvagem, que tentou salvá-los, em um post no Facebook, segundo o The Dodo.
Apelidados de “Os Quatro Preciosos”, os animais – um deles é um elefante cego de 52 anos – passaram suas vidas fazendo performances no circo enquanto eram algemados entre os shows.
Algumas semanas atrás, em uma operação que grupo SOS Vida Selvagem chamou de uma das mais “perigosas, cansativas e complicadas até agora,” os elefantes experimentaram a liberdade pela primeira vez depois que foram retirados do Rambo Circus e transportados para uma instalação em Pune , na Índia, onde estavam descansando e recebendo cuidados médicos.
“Os elefantes no circo eram uma prioridade [para a nossa equipe], pois sofriam uma angústia terrível”, disse anteriormente Geeta Seshamani, co-fundadora do grupo em um comunicado.
Porém, devido a uma brecha na lei, um tribunal de Pune ordenou que os elefantes retornassem ao circo que os levou de volta na última quarta-feira (22).
“Este é um dia triste para todos os elefantes”, Nikki a Sharp, diretora-executiva do grupo nos Estados Unidos.
“Nós estávamos fazendo progresso e a lei estava do nosso lado. Mas hoje a justiça falhou em proteger essas criaturas vulneráveis.”, adicionou.
No início de junho, o Rambo Circus disse à reportagem que as alegações de abuso eram “falsas acusações”, e afirmou nunca ter maltratado os animais.
Entretanto, o SOS da Vida Selvagem refere-se ao circo “como uma imposição ilegal de crueldade sobre os elefantes ” e observa que o circo não é mais reconhecido pela Autoridade Central de Zoos e foi banido pelo Conselho de Bem-Estar Animal da Índia.
“O tribunal recebeu relatórios detalhados sobre a brutalidade e o sofrimento impostos aos elefantes, como lesões em suas pernas, unhas extremamente grandes, debilitação grave, feridas na boca e inchaço provocado por espancamentos”, afirmou o grupo em um comunicado à imprensa.
Os ativistas continuarão na luta para salvar os elefantes e muitos outros animais que ainda sofrem nas prisões denominadas zoológicos, até que nenhum ser vivo tenha que viver confinado em nome da vaidade humana.
