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Elefantes do Quênia ganham ajuda britânica contra caça

12 de novembro de 2013
4 min. de leitura
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Por Walkyria Rocha (da Redação)

Tropas britânicas foram mobilizadas para salvar elefantes do Quênia que estão sendo abatidos por terroristas devidos suas presas, consideradas valiosas.

Al Shabaab, um grupo ligado à Al Qaeda, é conhecido por financiar seu treinamento e seus ataques com a venda de chifres de rinoceronte e de elefantes no mercado negro da Somália – um comércio de R $ 12 bilhões por ano (cerca de um milhão e meio de reais).

No ano passado, 60 guardas e 38 mil elefantes foram mortos por caçadores.

 Catástrofe: Cerca de 38 mil elefantes são mortos por caçadores ilegais a cada ano por causa de suas presas altamente valiosas.
Catástrofe: Cerca de 38 mil elefantes são mortos por caçadores a cada ano por causa de suas presas altamente valiosas.

Numa iniciativa apoiada pelo príncipe Charles e pelo príncipe William, 25 soldados do 3° Batalhão do regimento de paraquedistas foram enviados para treinar guardas quenianos.

Os paraquedistas, atualmente em uma base a 200 milhas ao norte de Nairobi, vão passar as próximas semanas ensinando o Serviço de Vida Selvagem, o Serviço Florestal do Quênia e a Guarda do Monte Kenya a trabalhar mais efetivamente como uma equipe, a patrulhar melhor e também como lidar com caçadores.

O governo também enviou um promotor britânico para instruir seus colegas quenianos a como desarticular o financiamento do terrorismo no Norte da África e proteger as espécies ameaçadas de extinção.

O Secretário do Meio-Ambiente Owen Paterson, que esteve no Quênia na semana passada, disse: “a caça vem tendo um efeito devastador sobre algumas das espécies mais emblemáticas do mundo”.

Comércio: estima-se que o grupo terrorista Al Shabaab lucra £ 400.000 (um milhão e meio de reais) por mês vendendo "marfim de sangue" no mercado negro.
Comércio: estima-se que o grupo terrorista Al Shabaab lucra £ 400.000 (um milhão e meio de reais) por mês vendendo “marfim de sangue” no mercado negro.
O Secretário do Meio Ambiente Owen Paterson e o príncipe William estão trabalhando no projeto do governo para combater a caça ilegal. No início deste ano, William disse aos líderes que seria uma "catástrofe" se ignorássemos a crise.
O Secretário do Meio Ambiente Owen Paterson e o príncipe William estão trabalhando no projeto do governo para combater a caça. No início deste ano, William disse aos líderes que seria uma “catástrofe” se ignorássemos a crise.

“Ao unir forças com os que se encontram na linha da frente no Quênia, nossas Forças Armadas serão capazes de fornecer treinamento e apoio às pessoas corajosas que colocam suas vidas em risco todos os dias.”

No início deste ano, o príncipe William pediu aos líderes que combatessem os caçadores para “reverter o destino de algumas das espécies mais cativantes do mundo”.

Ele disse que não assumir isso seria “uma catástrofe”.

O Brigadeiro Duncan Francis, adido de defesa do Reino Unido em Nairobi, afirmou: “Este é um excelente exemplo do exército britânico tomando medidas positivas sobre um tema tão próximo ao coração de muitas pessoas”.

“Os 25 soldados estarão dando uma imensa contribuição para garantir o futuro de algumas das espécies mais ameaçadas do mundo”.

Como o preço do “marfim de sangue” – presas capturadas por meio da caça e assassinato de elefantes – sobre na África , as quadrilhas desenvolveram novas técnicas para matar os animais, como o envenenamentos dos poços de água.

Acredita-se que a organização Al Shabaab seja um dos principais grupos por trás dos números crescentes.

O clã terrorista ganha £ 400.000 ( R$ 1.500 mil) por mês com esse comércio – o suficiente para pagar os seus jihadistas £ 75 por semana (cerca de R$280), relatou o Sunday Express.

Em uma tentativa de anular o negócio, Hillary Clinton anunciou um plano de US $ 80 milhões para combater a caça de elefantes em setembro.

Perigo: 60 rangers quenianos foram mortos por caçadores. Tropas britânicas vão passar as próximas semanas treinando-os.
Perigo: 60 rangers quenianos foram mortos por caçadores. Tropas britânicas vão passar as próximas semanas treinando-os.

Ela alertou que o dinheiro do crime da vida selvagem poderia ter financiado o ataque ao shopping Westgate no Quênia, no mês passado, uma teoria que é apoiada por grupos de conservação de elefantes.

Rinocerontes também são muito procurados nesse comércio. Os vendedores estão colocando o preço dos chifres de um único rinoceronte mais alto do que o seu peso em cocaína.

No mês passado, o governo queniano disse que todos os rinocerontes do país teriam um microchip implantado em seu chifre para ajudar a conter o comércio. O projeto de micro-chipping está sendo apoiado pela World Wildlife Fund, que doou os chips.

O chifre do rinoceronte é muito procurado na Ásia, onde é usado na medicina tradicional .

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