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POLUIÇÃO

Elefantes morrem após comer sacolas plásticas em aterro sanitário

15 de janeiro de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Daily Mail

Elefantes morreram de intoxicação após comerem plástico em um aterro sanitário no Sri Lanka. Famintos, os animais estavam revirando sacos de lixo em busca de alimento. O caso aconteceu na vila de Pallakkadu, no distrito de Ampara, cerca de 130 milhas a leste da capital, Colombo, segundo informações do Daily Mail.

Foto: Reprodução | Daily Mail

No local, uma manada de mais de 20 elefantes é vista frequentemente em meio às pilhas de lixo. Exames de necropsia apontam que os animais mortos engoliram grandes quantidade de lixo plástico que causaram intoxicação e obstrução intestinal. Todo o lixo que estava no organismo dos animais tiveram origem no aterro sanitário.

Foto: Reprodução | Daily Mail

O veterinário Nihal Pushpakumara explica que o organismo dos animais não consegue digerir materiais não degradáveis. “Polietileno, embalagens de alimentos, plástico, outros não digeríveis e água foram as únicas coisas que pudemos ver nas autópsias. A comida normal que os elefantes comem e digerem não era evidente”, alerta.

Os elefantes são reverenciados no Sri Lanka, mas também estão ameaçados de extinção. As populações da espécie diminuíram de cerca de 14.000 no século 19 para 6.000 em 2011, de acordo com o primeiro censo de elefantes do país. Eles estão cada vez mais vulneráveis ​​devido à perda e degradação de seu habitat e às ações humanas.

Foto: Reprodução | Daily Mail

O fato de se arriscarem em busca de alimento mostra o desespero desses animais em busca de sobrevivência. Muitos deles são expulsos de seus lares por caçadores ou fazendeiros, mas correm um grande risco nos aterros. “Eles procuram o lixo no aterro, consumindo plástico e objetos pontiagudos que danificam seus sistemas digestivos”, disse o veterinário.

Pushpakumara afirma ainda que uma vez que os animais se alimentam de plástico, sofrem uma morte lenta e agonizante. “Os elefantes param de comer e ficam fracos demais para manter seus corpos pesados ​​na posição vertical. Quando isso acontece, eles não podem consumir comida ou água, o que acelera sua morte”, esclareceu.

Foto: Reprodução | Daily Mail

A presença dos elefantes no aterro já havia sido denunciada por ativistas em 2017 e o governo prometeu limpar toda a região para proteger a fauna local, mas nada foi feita. Campanha educativas de conscientização também não foram estimuladas. Há 54 lixões em zonas de vida selvagem em todo o país, com cerca de 300 elefantes vagando perto deles.

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