Um vídeo comovente registrou o momento em que uma manada de elefantes no Zoológico de San Diego reagiu instintivamente ao terremoto de magnitude 5,2 que atingiu o sul da Califórnia, nos Estados Unidos, ontem (14/04).
Os elefantes mais velhos, percebendo a ameaça através de suas patas sensíveis, rapidamente se uniram em um “círculo de alerta” ao redor dos filhotes, protegendo-os do perigo. A cena, embora admirável, reacende o debate sobre a ética de manter animais selvagens em cativeiro.
O comportamento dos elefantes, que se agruparam em defesa dos mais jovens, é um reflexo claro de sua inteligência e laços sociais complexos – características que, na natureza, garantem a sobrevivência do grupo. No entanto, essa demonstração de solidariedade ocorreu dentro de um recinto limitado, longe de seu habitat natural, onde poderiam fugir ou buscar refúgio de forma mais eficaz.
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Os animais agem por instinto, independentemente de estarem em liberdade ou não. O problema é que, em um zoológico, eles não têm escolha a não ser enfrentar o perigo em um espaço restrito, sem opções reais de fuga.
Enquanto defensores de zoológicos argumentam que esses locais servem para educação e proteção, a cena dos elefantes durante o terremoto revela uma realidade cruel: animais majestosos, capazes de percorrer longas distâncias na natureza, são confinados em espaços que não atendem às suas necessidades básicas.
É irônico que um local que se diz protetor dos animais os coloque em uma situação de vulnerabilidade, onde um terremoto – que, em seu habitat, poderia ser evitado com a migração do grupo – se torna uma ameaça iminente dentro de grades.