Por Monika Schorr (da Redação)
Elefantes poderão estar extintos dentro de 12 anos por causa da ação dos caçadores que assassinam um elefante a cada 15 minutos, adverte instituição de defesa desses animais.
Cerca de 36 mil elefantes foram mortos no ano passado na África, informou num relatório a David Sheldrick Wildlife Trust, com sede no Quênia. Esta Organização é uma das pioneiras na proteção da vida selvagem e seu habitat na África Oriental e a mais bem-sucedida instituição no resgate e reabilitação de elefantes órfãos, através de seu programa Orphans Project.
“Difícil imaginar um mundo sem elefantes, mas esta é uma possibilidade muito real”, disse a Dra. Dame Daphne Sheldrick.
“Elefantes têm caminhado sobre a Terra há 50 milhões de anos, mas contra uma metralhadora ou um caçador armado com uma lança, eles têm pouca chance”.
As 4,5 toneladas de marfim apreendidas em Hong Kong, mês passado, representam uma mínima parte do total contrabandeado a cada ano, afirmou a David Sheldrick Wildlife Trust.
Essa organização estima que apenas um décimo das presas de elefante contrabandeadas são descobertas pelos funcionários alfandegários.
Desde o começo do ano, 162 elefantes, de uma população de aproximadamente 135 mil, foram mortos no Quênia, conforme o relatório da David Sheldrick Wildlife Trust, cuja divulgação foi programada para coincidir com o Dia Mundial do Elefante, 12 de agosto, que foi criado em 2012 para chamar a atenção mundial para a situação dramática em que se encontram os elefantes asiáticos e africanos.
Dame Daphne alertou que esse comércio ilícito financia gangues criminosas e terroristas e pediu com veemência que as negociações com marfim de qualquer espécie, inclusive antiguidades, sejam banidas.
“Comprar marfim serve apenas para abastecer um comércio que resulta em cada vez mais mortes injustificáveis desses extraordinários animais”, disse Daphne. “Não podemos permitir que a extinção provocada pelo homem seja o fim desta espécie magnífica e reverenciada por tantas culturas no mundo”.
A Europa confisca, aproximadamente, um terço de todo o marfim apreendido no mundo, uma vez que a Grã-Bretanha, Bélgica, França e Portugal são rotas do tráfico, disse a Wildlife Trust que cita Londres como sendo um “importante polo” do comércio ilegal de marfim.
Em 4 de outubro, a David Sheldrick Wildlife Trust realizará um protesto contra esse comércio através de manifestações internacionais pelos elefantes, que acontecerão em 15 cidades no mundo todo, inclusive em Londres.
A crescente prosperidade econômica da China é acusada de ser a responsável pelo aumento na demanda do marfim que é muito procurado no país, por ser um símbolo de riqueza e de status.