Florianópolis recebeu um viajante diferente na tarde de quinta-feira (25): uma elefante-marinho-do-Sul. O animal havia sido encontrado no litoral baiano em estado debilitado depois de viajar cerca de quatro mil quilômetros.
Frida, como foi batizada, ficou seis meses em recuperação no IMA (Instituto Mamíferos Aquáticos) de Salvador. Agora, se alimentando bem, está pesando 180 kg, ideal para uma fêmea de aproximadamente um ano de vida.
Como a presença de elefantes-marinhos no Nordeste é algo incomum, o IMA solicitou apoio à R3 Animal, ONG de Florianópolis (SC), para que o animal fosse transferido e depois solto em um local mais próximo às colônias de origem, nas ilhas subantárticas.
A transferência do animal para Florianópolis aconteceu com ajuda de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) e de um caminhão da Polícia Militar Ambiental, que o transportou da base aérea até o Rio Vermelho, no Norte da Ilha. Duas veterinárias do IMA vieram junto para acompanhar o processo de transferência e a adaptação do animal.
Segundo a presidente da R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, serão realizados exames clínicos e laboratoriais complementares para verificar se os parâmetros de saúde continuam normais para a espécie.
Frida está em um espaço específico para pinípedes, com piscina com água salgada, e a expectativa é que seja solta dentro de dez dias em uma praia do litoral catarinense.
“Esse trabalho é muito importante pra gente porque é a primeira vez que a R3 recebe um elefante-marinho para reabilitação. É uma experiência fascinante. É um animal diferente e que está há tanto tempo em cativeiro e nós teremos a oportunidade de soltá-lo”, disse Cristiane.
Fonte: ND+