Um elefante-marinho foi encontrado na semana passada no litoral do Paraná, na baía de Guaraqueçaba (a 165 km de Curitiba).
O animal, que tem 3,5 metros de comprimento e pesa aproximadamente uma tonelada, vive na Antártida, mas, nessa época do ano, reproduz-se na Patagônia.
A ocorrência desse tipo de animal na costa brasileira é rara –segundo a pesquisadora Camila Domit, bióloga do Centro de Estudos do Mar da UFPR (Universidade Federal do Paraná), nos últimos 60 anos, houve registro de apenas 40 elefantes-marinhos no Brasil.
O animal encontrado no Paraná provavelmente foi trazido por correntes marítimas da Patagônia até o litoral brasileiro.
“Isso mostra que as correntes marítimas das Malvinas estão chegando com mais força ao nosso litoral este ano”, comenta Domit. “Pode estar relacionado ao El Niño [aquecimento das águas do Oceano Pacífico], mas não dá para garantir.”
O elefante-marinho não chegou a ser capturado pela equipe da UFPR, por causa de seu grande porte e de sua agressividade.
“Há muitas brigas entre os machos da espécie. Eles vivem em haréns e brigam entre si para dominar as fêmeas”, explica a bióloga, que não aconselha os curiosos a se aproximarem do animal.
Segundo ela, o estado de saúde do elefante-marinho “paranaense” era bom. A equipe da UFPR fez apenas uma marcação no pelo do animal –“PR1”– e monitorou seu comportamento à distância.
Desde o dia 16 de julho que o elefante-marinho não é visto pelos pesquisadores.
A equipe da UFPR pede que quem avistar o animal dê notícias sobre seu paradeiro, pelo telefone (41) 9854-3710.
O elefante-marinho vive, em média, cerca de 15 anos, mas muitos morrem antes em lutas pelas fêmeas do grupo.
Fonte: Jornal Floripa