Um vídeo com imagens perturbadoras foi compartilhado nas redes sociais mostrando moradores furiosos espancando um elefante até a morte no Quênia.
No vídeo, que começou a circular no Twitter na segunda-feira (18), uma gangue de homens armados com facões e machados pode ser vista atacando o animal ferido no chão.
O Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS) diz que o ataque aconteceu em junho do ano passado na Floresta Imeni, perto da cidade de Meru, no centro do Quênia. Mas o vídeo só veio à público agora.
Os investigadores foram chamados e correram para o local, mas estavam distantes 44 milhas e, quando chegaram, o elefante já havia morrido.
Um porta-voz da KWS disse que uma nova investigação foi lançada agora que o vídeo veio à tona, pois os investigadores prometeram identificar e prender os responsáveis.
A agência disse que o ataque começou depois que dois elefantes romperam uma cerca elétrica em 21 de junho e “invadiram” uma fazenda próxima à procura de comida.
Os aldeões surgiram carregando machados, facões e pangas – uma lâmina pesada e curva semelhante a um facão – para afugentar os animais.
Durante a perseguição, um dos elefantes caiu em um buraco profundo criado pela remoção de um tronco de árvore e quebrou sua perna.
Foi então que os aldeões covardes alcançaram o animal e o massacraram.
Imagens chocantes mostram o animal ferido deitado no chão, com uma grande ferida sangrando na pata traseira direita.
Suas costas estão cobertas de feridas profundas e há outro arranhão sangrento na perna da frente – embora não esteja claro se este ferimento foi causado pela queda ou pelo ataque.
O elefante pode ser visto fazendo tentativas dolorosas de se levantar e afastar os aldeões que o agridem e atacam, mas há pouco que ele possa fazer.
Um segundo vídeo mostra o mesmo animal momentos depois de ter se arrastado mais alguns metros e agora deitado de lado.
Os moradores cercam completamente o animal indefeso e podem ser vistos cortando sua tromba enquanto ele se contorce no chão.
Outros agressores podem ser vistos reunidos ao redor da parte traseira do animal, realizando ações com as mãos, embora não esteja claro exatamente o que estão fazendo.
As imagens causaram indignação e revolta entre os quenianos e no mundo todo depois que começaram a circular no Twitter, com muitos culpando o KWS por não ter agido antes.
Em resposta, a KWS emitiu uma declaração dizendo: “O video atualmente em circulação não foi apresentado no momento em que ocorreu, portanto, o acompanhamento não foi conclusivo”.
“No entanto, agora que o KWS está de posse do vídeo, os culpados serão perseguidos e presos com a ajuda das autoridades locais.”
A caça ao elefante é proibida no Quênia desde 1973. Os caçadores presos podem pegar uma sentença de prisão perpétua e multa de 200 mil dólares (cerca de 800 mil reais) por matar os animais.
Apesar das duras penalidades, a caça ainda é abundante no pais, resultado da enorme demanda internacional por marfim e da corrupção entre as autoridades locais como fatores determinantes.
O último censo de elefantes, realizado em 2016, descobriu que existem cerca de 400 mil animais na África, com uma estimativa de 23 mil no Quênia.
Enquanto muitos países africanos viram sua população de elefantes aumentar nos últimos anos, cerca de 90% dos animais do continente foram exterminados no século passado.
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