(da Redação)
Limba é uma elefante fêmea, supostamente o elefante de idade mais avançada do Canadá, com mais de 50 anos de idade, e vive confinada no Zoológico de Bowmanville. Na semana passada, o zoológico anunciou que a elefante pode estar com câncer, pois descobriram um grande tumor no lado esquerdo de seu corpo.
A notícia já foi suficientemente impactante para ativistas de direitos animais do local, quando ficaram sabendo também que, apesar da condição de Limba, ela será obrigada a desfilar na Bowmanville Santa Claus Parade, um evento típico natalino. As informações são da Ecorazzi.
“A elefante está claramente doente, está tendo problemas abdominais e dificuldade para se alimentar”, disse o ativista Dan MacInally, que considera “repulsiva” a ideia do animal ser explorado no evento.
Michael Hackenberger, dono do zoológico, discorda, afirmando que Limba está com boa saúde e o nódulo que está crescendo em seu corpo está sendo monitorado por veterinários. Ele disse também que a doença ainda não está identificada. “Se Limba está com boa aparência e alegre, não podemos mantê-la longe da parada”, disse ele.
MacInally quer que Limba seja realocada a um santuário em um local de clima agradável, como um situado na Califórnia para onde outros três elefantes do Zoológico de Toronto foram encaminhados neste outono.
“Até quando esta elefante será explorada? Ela será obrigada a ‘trabalhar’ até morrer?”, questiona MacInally.
Hackenberger diz que a idade de Limba é a prova dos cuidados que ela recebe no zoo, e que parte dos exercícios de Limba consiste em uma caminhada pela cidade algumas vezes por semana, o que seria “similar ao percurso da parada” (excetuando multidões, barulho, música, etc).
Manifestantes haviam planejado formar um bloqueio para impedir Limba de entrar no desfile, forçando os organizadores a pedir ao zoológico que não inclua o elefante. O bloqueio foi cancelado, por receio de que este dificultasse os esforços dos ativistas para libertar Limba. Ao invés disso, um protesto foi planejado para o dia 23 de novembro, nas proximidades do Zoológico de Bowmanville.
“Por mais que eles digam que a cidade e seus tratadores a amam, espero que eles tenham a oportunidade agora, se ela estiver nesse estado médico, de não explorá-la em mais um evento neste inverno canadense”, disse Nic Wilvert, que organizou o próximo protesto. “Deixemos que ela esteja com os outros de sua própria espécie, onde ela finalmente poderá fazer o que quiser”, disse Nic, referindo-se à tentativa de remoção de Limba para um santuário.
Exploração de elefantes
Na Índia, a elefante fêmea de 18 anos Lakshmi foi também uma vítima da exploração humana sobre os animais. Ela era obrigada por seu tutor a anda pelas ruas mendigando, entretanto, devido ao cansaço extremo, dores articulares, artrite e obesidade a impediram de se mover sem ajuda. Ela entrou em colapso e precisou ser atendida e levada pelo Centro de Resgate e Cuidado Intensivo de Mathura, em Uttar Pradesh, onde veterinários passaram a monitorá-la de perto.
Geeta Seshamani, co-fundador da Wildlife SOS, acrescentou: “Lakshmi é um exemplo clássico de elefante cativo negligenciado e maltratado devido à ignorância ou ganância”. A ONG trabalha junto aos Governos estaduais e ao Governo Federal da Índia para elevar a conscientização da população e mudar a situação desses elefantes cativos.
Este é um exemplo claro da exploração até o último suspiro do animal abusado. Será necessário que Limba sucumba no meio da parada para que as autoridades canadenses percebam a insensatez que é permitir a exploração animal em um evento de comemoração? Nenhuma forma de abuso animal pode ser permitida e Lakshmi foi somente mais uma vítima da tortura humana, que, pelo visto, não poupa nem mesmo animais extremamente doentes.