Um elefante de Sumatra, uma subespécie do elefante asiático, foi encontrado decapitado e com as presas arrancadas em uma aparente emboscada feita por caçadores para matar o membro da espécie criticamente ameaçada de extinção, conforme informações das autoridade de conservação da Indonésia.
O cadáver, já em estado de decomposição do elefante do sexo masculino de 40 anos, foi descoberto por um trabalhador em uma plantação na segunda-feira (18) na província de Riau, na ilha de Sumatra, conforme informações do Daily Mail.
“A cabeça do elefante foi separada de seu corpo e sua tromba foi encontrada a um metro do cadáver”, disse o chefe da agência de conservação local, Suharyono, em um comunicado divulgado na terça-feira (19).
As autoridades disseram que o elefante mutilado provavelmente já estava morto há quase uma semana quando foi encontrado, acrescentando que estavam procurando os responsáveis pelo crime.
“Suspeitamos que o elefante tenha sido caçado e morto, e sua cabeça foi cortada para facilitar a remoção das presas”, disse Suharyono.
O desmatamento desenfreado reduziu o habitat natural da espécie e levou os elefantes a um crescente conflito com os seres humanos, enquanto suas presas são valorizadas no comércio ilegal de animais silvestres.
No ano passado, o cadáver de um elefante foi encontrado sem as presas na província de Aceh em um aparente caso de envenenamento.
De acordo com o World Wildlife Fund, o elefante de Sumatra perdeu “metade de sua população” em apenas “uma geração”, ao lado de 70% de seu habitat natural, e foi nomeado “criticamente ameaçado” em 2012.
O Ministério do Meio Ambiente da Indonésia estima que existam menos de 2 mil elefantes de Sumatra ainda em estado selvagem.
Risco de Extinção
O elefante de Sumatra, na Indonésia, poderá ser extinto da natureza em menos de 30 anos a não ser que medidas imediatas sejam tomadas para proteger o seu habitat, que está rapidamente desaparecendo, segundo informações do grupo de proteção ambiental WWF.
A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês) elevou a classificação da subespécie de elefantes de Sumatra de “em perigo de extinção” para “criticamente ameaçado de extinção”, após quase metade de sua população ter desaparecido em apenas uma geração.
“Os maiores culpados são a devastação do habitat e sua conversão para uso da agricultura, uma prática que também aumentou o risco de extinção para o tigre de Sumatra e o Rinoceronte de Java.”
O elefante de Sumatra é a menor subespécie de elefante asiático. A perda de habitat é a principal causa do declínio da população, com cerca de 70% do potencial habitat da espécie perdidos entre 1980 e 2005. Em um período de tempo semelhante, Sumatra também perdeu 50% de seus elefantes como resultado disso.
O aumento da população humana e a necessidade de terra são os principais fatores da perda de florestas tropicais. A caça também é um problema em Sumatra, principalmente de agricultores que possuem ou estão montando plantações de óleo de palma. A morte dos animais ocorre por meio de métodos de envenenamento, eletrocussão e armadilhas.
Apesar de os elefantes de Sumatra serem protegidos pela lei da Indonésia, a grande maioria de seus ambientes está fora de áreas de proteção e pode ser convertida para uso agrícola, de acordo com a IUCN.
Segundo WWF, a situação é particularmente crítica na província de Riau, na área central de Sumatra, onde a rápida devastação das florestas reduziu o número de elefantes em 80% em menos de 25 anos.
Embora os elefantes de Sumatra sejam categorizados como criticamente ameaçados de extinção na Lista Vermelha da IUCN, a matança dos animais continua e as organizações que defendem o enorme mamífero pediram ao Ministério da Agricultura de Sumatra que reforçasse as restrições e a proteção aos elefantes.
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