Em 2009, o grupo de monitorização de vida selvagem Traffic estima que tenham sido interceptadas e confiscadas cerca de 25 toneladas de marfim – retiradas de 2.500 elefantes.
No entanto, um relatório recente do International Fund for Wildlife Welfare descobriu que todos os anos são assassinados entre 35 e 38 mil elefantes africanos – cerca de 104 por dia ou 10% da sua população total.
As contas são fáceis de fazer e, se estes números continuarem constantes, escrevia há minutos a Environmental Graffiti, em 2020 os elefantes africanos estarão extintos.
Apesar de ilegal desde 1989, a venda de marfim continua a ter mercado, sobretudo no Médio Oriente, onde é utilizado para ornamentos e produtos medicinais.
Os anos 70 foram a década negra para esta espécie. Estima-se que nestes dez anos a população de elefantes africanos tenham passado de 1,3 milhões para os 609 mil animais. Só no Quénia, 85% dos elefantes foram liquidados.
De acordo com o Enviornmental Graffiti, o marfim de 40 elefantes valerá 540 mil euros, o que dá 13 mil euros por cada elefante. Muito dinheiro para os caçadores de elefantes.
“O comércio do marfim não está apenas relacionado com contrabandistas e caçadores” – defende Peter Younger, gestor dos serviços, assistência e infraestruturas operacionais da Interpol. “Há enormes consequências deste e de todos os crimes relacionados com a vida selvagem. Agentes da autoridade já foram assassinados, as pessoas são ameaçadas com violência. Este tipo de crime está ligado à corrupção e a um impacto económico mais vasto num qualquer país”.
Fonte: Green Savers