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Elefanta que vive sozinha em zoológicos há 39 anos precisa de ajuda

3 de março de 2014
4 min. de leitura
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(da Redação)

Tania, ajoelhada diante do funcionário que limpa a sua "cela". Foto: One Green Planet
Tania, ajoelhada diante do funcionário que limpa a sua “cela” (Foto: One Green Planet)

Os animais nada fizeram de errado para que fossem jogados, ao longo da história da humanidade, dentro de recintos de solidão e confinamento. Não cometeram nenhum crime, nem causaram mal a ninguém.

Há um ano atrás, a ANDA publicou uma matéria que conta a história da elefante Tania, mais um animal de vida extremamente sofrida que vive confinada em um zoológico na Romênia. A foto emblemática, que mostra a elefanta de joelhos, deveria ser comovente o suficiente para que não permitissem que ela permanecesse sequer mais um dia naquela triste condição. No entanto, infelizmente, por enquanto nada mudou.

A ONG In Defense of Animals (IDA) dos Estados Unidos está procurando urgentemente por apoiadores para a sua campanha que visa enviar Tania – a fêmea de elefante indiano de 39 anos que viveu sozinha até hoje – para um santuário de vida selvagem. As informações são do One Green Planet.

Tania tinha apenas três anos de idade quando seu rebanho que vivia na natureza foi dizimado em 1978, e ela foi imediatamente vendida ao Plaisance-du-Touch Zoo, perto de Toulouse, no sudoeste da França, onde permaneceu por quase 25 anos. Desde então, ela foi deslocada de um zoológico para outro por toda a Europa, terminando em um minúsculo recinto no Zoo Targu Mures, na Romênia.

De acordo com o National Elephant Center , “elefantes fêmeas são, por natureza, gregárias, o que significa que elas centralizam seus esforços em interações sociais”. A partir do momento em que Tania foi claramente impossibilitada de direcionar a sua energia para elos familiares, pode-se imaginar o grau de estresse que ela passou a enfrentar.

Segundo o IDA, “A indústria dos zoológicos afirma que Tania não consegue conviver com outros elefantes. Na verdade, os zoológicos frequentemente usam esse argumento para justificar a prática da clausura de animais sozinhos quando, de fato, são as condições artificiais dos estabelecimentos que privam os elefantes de suas necessidades mais básicas – que são o espaço para se movimentar e os seus grupos sociais naturais”.

Roberta Brown, uma das ativistas do IDA, acrescenta que “ela está demonstrando sinais de estresse severo e está com uma das patas ferida, precisando de tratamento. Ela é vista com frequência andando de um lado para o outro e também esfregando a cabeça contra as paredes do recinto onde fica confinada, e estes são claros sinais de sofrimento em elefantes. O piso não tem drenagem, e Tania fica com os pés em contato com a sua própria urina e com suas fezes. Ela teve uma vida de miséria e abandono, e esperamos conseguir dar a ela uma última chance de um pouco de felicidade depois de tudo o que passou”.

Há várias formas para tentar ajudar Tania, como por exemplo:

– Conheça a página do Facebook sobre a campanha, divulgue e compartilhe;

– Dê uma olhada na lista de embaixadas e consulados romenos ao redor do mundo, e expresse sua preocupação à embaixada em seu país;

– Peça ajuda ao Sr. Janez Potocnik, da Comissão Europeia pelo Meio Ambiente.

Mr. Janez Potocnik, Commissioner for the Environment, European Commission, Endereço: Environment DG, B-1049 Brussels, Belgium.

e-mail: [email protected]

– Faça um apelo à Associação Europeia de Zoos e Aquários, para que tome uma providência urgente no sentido de reduzir o sofrimento de Tania, introduzindo-a em um novo ambiente onde ela possa interagir livremente com outros elefantes.

Endereço: EAZA Executive Office, a/c Dr. Lesley Dickie (Diretora Executiva), Artis Zoo – Amsterdam, PO Box 20164, 1000 HD, Amsterdã.

e-mail: [email protected]

– Compartilhe esta matéria da ANDA e o link da página oficial da campanha do IDA, buscando divulgar o caso de Tania e elevar a conscientização pública sobre sua trágica história.

A história de Tania já foi levada a público anteriormente e sua situação continua a mesma, o que significa que continuam sendo necessários esforços e ações coletivas de todo o mundo para ajudá-la.  É preciso empreender ações para salvar Tania, que é um indivíduo e sua libertação é urgente e importante, e é extremamente necessário mudar a mentalidade das pessoas com relação ao problema de modo geral, pois há milhões de outros animais que, como Tania,  estão também de joelhos nesse momento, implorando por ajuda.

 

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