Era mais um dia comum para a cuidadora e fundadora da Fundação Salve Elefante, Lek Chailert, até que ela foi interrompida de seu trabalho por uma elefanta resgatada. O animal foi tão enfático no pedido de atenção que inclusive enrolou sua tromba em Chailert.
O que a elefantA Faa Mai queria era que Lek cantasse uma cantiga de ninar para seu filhote adotivo, Thong Ae. Como se a cuidadora não tivesse nada mais importante naquele momento para fazer além de agradar o filhotinho.
Parece um acontecimento inusitado, mas é muito mais comum do que imaginamos. Elefantes são animais muito sociáveis e inteligentes, e formam laços muito fortes com os mais novos e até mesmo velam os mortos.
A interação de Faa Mai, por mais singela que tenha sido, foi também uma maneira de lembrar a todos do quanto temos em comum com os animais e o quanto eles precisam viver suas vidas livres de qualquer tipo de exploração – assim como nós, seres humanos.
Todos os anos, centenas de turistas visitam o Parque Natural dos Elefantes, e ajudam a cuidar dos elefantes como voluntários – em vez de montá-los ou assistir alguma performance abusiva apresentada por eles.
Apesar de ser um trabalho voluntário, as recompensas são muito valiosas: a experiência de cuidar dos animais promove compaixão, educa o público e tem criado uma mudança significativa na forma em que os animais são tratados na Tailândia e até mesmo no resto da Ásia.