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Ele procura uma família para amar

14 de agosto de 2009
2 min. de leitura
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Basta alguém chamá-lo pelo nome para que esse elegante schnauzer mestiço apareça abanando o rabo com pelagem lustrosa e macia. Carinhoso, Russo faz questão de demonstrar sua alegria pulando, brincando, lambendo a todos que se aproximam.

A permanente disposição é uma das características marcantes desse cão, que há um ano espera por uma família, em uma clínica veterinária da Capital, no bairro Higienópolis. Por quatro vezes, surgiram candidatos interessados em adotá-lo. Sempre que um deles aparecia para visitá-lo, Russo ficava saltitante, como se pressentisse a eminência de um novo lar. Por diferentes razões, todos acabaram indo embora. O cachorro ficou.

A professora Maristela Stedile, 56 anos, que mora no bairro São João, torce para que o final dessa história seja diferente. Foi ela quem encontrou o cachorro, numa travessa da Terceira Perimetral, próximo à Sogipa, no ano passado. De tão sofrido, nem parecia o mesmo. Com desnutrição e sarna, trazia os ossos expostos no corpo sem pelos. Apenas um chumaço da pelagem avermelhada resistia em volta do seu pescoço. Sensibilizada, Maristela o levou a uma clínica, onde foi tratado, castrado e vacinado.

“Assim que o recolhi, dei ração, e ele comeu bastante, depois ficou deitadinho, enroladinho, parecia que estava louco para ser resgatado. A gente nem sabia se iria crescer o pelo, de tão pelado que ele estava. E nem sabíamos se ele sabia latir, porque demorou muito para começar”, lembra Maristela, que hoje gasta aproximadamente R$ 350 mensais para mantê-lo na clínica.

Se pudesse, Maristela ficaria com Russo, mas sabe que Fibi, sua cadela mestiça de dachshund com yorkshire, não toleraria dividir o espaço com outro. “Ela é muito braba, é uma baixinha metida”, conta.

Enquanto isso, visita semanalmente o cão, de quem se considera madrinha. Em busca de uma família para o afilhado, começou a divulgar as informações sobre adoção. Um dos interessados chegou a marcar hora e data para buscá-lo, mas desistiu de última hora porque a sogra não quis ficar com ele. Outra candidata desistiu por medo de que os saltos de Russo derrubassem sua filha de três anos. Outros interessados acharam que tinham pouco espaço para acolhê-lo.

“Acho que o problema maior é que ele é hiperativo, quer brincar, pular. Se for pra ficar em apartamento, a pessoa teria de passear com ele duas a três vezes por dia. Ele é carente, só precisa de carinho e atenção, mas é obediente”, derrete-se a madrinha, que escolheu o nome Russo em virtude da coloração avermelhada dos pelos de seu pescoço.

Quem quiser um companheiro carinhoso e brincalhão, já sabe. Basta um telefonema para mudar a vida de Russo – e a sua. O cachorro foi encontrado por Maristela próximo à Terceira Perimetral.

Como adotar

Interessados em adotar Russo podem entrar em contato com Maristela ou Marilene

Telefones: 9205-5540 ou 3342-3342

E-mail: [email protected]

Fonte: Zero Hora

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