No dia em que Mary foi entregue a um abrigo na Flórida (EUA), o homem que a levou não conseguia parar de chorar. Ele repetia para os funcionários do abrigo: “Ela é uma cachorra muito boazinha”. Deixá-la para trás não era o que ninguém queria.
Mary foi levada para o abrigo naquele dia porque seu pai havia sido deportado e não havia ninguém disponível para cuidar dela. O homem que a acolheu era sobrinho do pai de Mary, que estava com o coração partido por ter perdido tanto o tio quanto Mary de uma só vez. Ele partiu, na esperança de que Mary encontrasse uma nova família que a amasse da mesma forma.
“A princípio, Mary ficou retraída — quieta, confusa, procurando em cada rosto o homem que perdera”, disse Chelsea Domaleski, gerente de comunicação da Animal Farm Foundation, ao The Dodo. “Mas mesmo com o coração partido, ela ainda se inclinava em busca de conforto… ainda abanava o rabo… ainda acreditava que alguém viria.”
Felizmente, alguém apareceu. Mary foi resgatada do abrigo pela Animal Farm Foundation, e agora eles estão empenhados em encontrar um novo lar para ela.
Agora a verdadeira personalidade de Mary está se revelando. Ela é tão doce e adora receber atenção (e manteiga de amendoim) de seus resgatadores. Ela será uma adição incrível para uma família muito sortuda.
É claro que, mesmo depois de encontrar seu lar definitivo, Mary jamais esquecerá seu primeiro pai, o homem que a ajudou a se tornar a cachorra incrível que ela é hoje.
“A história dela revela algo maior que está acontecendo em todo o país: entregas de animais que não são por causa de bichos indesejados, mas sim por causa de famílias sendo separadas pela deportação, insegurança habitacional e dificuldades financeiras”, disse Domaleski. “Cães como Mary estão no meio disso tudo, ainda amando, ainda leais, ainda merecendo um futuro.”
Traduzido de The Dodo.