Uma moradora da rua Alberto de Brandão de Rezende, na Vila Leme, entrou em contato com o JC ontem para denunciar o abandono de duas éguas, que foram deixadas amarradas a um poste e uma árvore em frente à sua residência na manhã desta terça-feira.
Indignada, a mulher, que preferiu ter sua identidade preservada, disse à reportagem que saiu para trabalhar por volta de 8h e quatro horas depois, quando voltou para casa, encontrou os animais na mesma situação.
Ela informou ainda que uma das éguas estava amarrada com uma corda com a cabeça voltada para um poste. O animal estava com a pata direita traseira muito inchada e possivelmente quebrada.
De acordo com informações da moradora, conseguir socorro foi a maior dificuldade. “Estamos preocupados porque a rua tem movimento, os carros fazem a curva muito rápido e os animais estão atrapalhando o trânsito”, explica. “Entramos em contato com diversas pessoas, mas até agora ninguém apareceu”, disse.
Por volta das 20h, a reportagem entrou em contato novamente com a denunciante, que estava inconformada com a negligência no atendimento aos animais. Ela informou que no local estavam viaturas policiais, a advogada de uma ONG e funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), “todos sem saber o que fazer com as éguas”, lamentou.
De acordo com os funcionários do CCZ, o caminhão responsável pelo transporte dos animais está quebrado há vários dias e não seria possível levar as éguas para um lugar seguro.
À noite, policiais informaram que as duas éguas seriam encaminhadas para uma praça. Porém, às 23h20 a reportagem voltou à Vila Leme e elas continuavam no mesmo local, exaustas e sem água ou comida.
Fonte: JCNET