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SOFRIMENTO

Egoísmo humano alimenta o tráfico e comércio de animais exóticos

10 de outubro de 2021
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | One Green Planet

O amor por um animal doméstico pode ser um dos mais profundos e sinceros que o ser humano pode experimentar. O verdadeiro carinho não tem a ver com espécie ou preço, pelo desejo honesto de proporcionar uma vida feliz a um animal querido. Infelizmente, esses sentimentos elevados não conseguem ser experimentados por todos.

Muitas pessoas colocam a sua vaidade, seu egoísmo e a sua necessidade de consumo na hora de escolher um animal companheiro. No lugar de procurar um abrigo próximo e adotar um animal sem lar, muitos optam por animais selvagens e exóticos que têm como origem o tráfico de animais, atividade ilegal que dizima a natureza e a causa a extinção de diversas espécies.

É impossível dar uma vida feliz, segura e com bem-estar para um animal que foi literalmente arrancado de seu habitat, afastado de sua família e que sofreu torturas indizíveis até chegar ao seu destino: o tutor ególatra. Encabeçam a lista dos principais animais traficados loris-lentos e pequenas aves chamadas de petauros-do-açúcar.

Diversas redes sociais como o Kwai e o TikTok estão lotados de vídeos desses animais, muitos mantidos em situações de maus-tratos e negligência. Há um grande questionamento sobre o quanto essas redes são coniventes com o tráfico de animais na era na qual a audiência e os lucros dominam. A aparência de um animal sua fofura ou beleza, não são pré-requisitos para domesticação.

Para atender a demanda crescente, traficantes estão retirando mensalmente milhares de animais da selva e enviando-os para todo o planeta das formas mais precárias possíveis. É um mercado lucrativo para os envolvidos no contrabando e na venda de exóticos, mas são os animais que pagam o preço final. Há estimativas de receitas multibilionárias motivadas pela ganância.

Quando não morrem no translado, muitos desses animais morrem pouco depois de chegarem aos novos lares, pois em um habitat artificial e cuidados inadequados, adoecem e morrem. A vontade de tutelar um animal exótico pode parecer divertido, moderno e fora da caixa, mas tem como único pano de fundo o sofrimento e a morte dessas espécies, além do equilíbrio de ecossistemas.

A luta contra esse tipo de comércio é mundial e depende da ajuda de todos. O primeiro passo é a conscientização da população. O próximo é aliar a denúncia com a competências dos órgãos punitivos e reguladores. É necessário um trabalho integrativo para a proteção dos animais.

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