A Chapada Diamantina, conhecida por sua biodiversidade exuberante, enfrenta uma das maiores ameaças de sua história: a política de mineração na Bahia está prestes a exterminar um dos últimos refúgios de vida selvagem da região. A Serra da Chapadinha, considerada um santuário ecológico, abriga inúmeras espécies de fauna e flora que podem desaparecer caso o avanço da exploração mineral não seja barrado.
A mineração em grande escala destrói paisagens e extingue ecossistemas inteiros. Animais como onças-pardas, tamanduás-bandeira, tatus-bola, aves endêmicas e inúmeras espécies de anfíbios e répteis dependem da Serra da Chapadinha para sobreviver. Com a degradação do habitat, muitas dessas espécies serão condenadas à morte lenta, seja pela falta de alimento, pelo envenenamento dos rios ou pelo deslocamento forçado.
Ativistas do Movimento Salve a Serra da Chapadinha lutam pela criação de uma Reserva de Vida Silvestre na área. Essa unidade de conservação, de proteção integral, seria a maneira mais eficaz de garantir a sobrevivência dos animais e, ao mesmo tempo, proteger os recursos hídricos essenciais para as comunidades locais.
A última chance para a fauna da Chapada
A Chapada Diamantina já perdeu grandes porções de mata nativa para o agronegócio e a mineração. Se a Serra da Chapadinha for destruída, dezenas de espécies podem entrar em extinção local, desequilibrando toda a cadeia alimentar da região. Além disso, o assoreamento e a contaminação dos rios afetariam diretamente os animais que dependem desses cursos d’água.
Sem a reserva, não há futuro para a vida selvagem na Chapada. Muitas dessas espécies não existem em nenhum outro lugar do mundo. Se perdermos esse território, estamos assinando a sentença de morte delas.
A luta pela Serra da Chapadinha não é só dos baianos, é de todos que se importam com a vida. O tempo está se esgotando e é necessário frear a exploração dos recursos naturais imediatamente.