O Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo (Gecap) do Ministério Público de São Paulo e a Delegacia de Crimes Ambientais da Polícia Civil resgataram 134 animais silvestres que seriam comercializados pela internet. Duas pessoas foram detidas.
Entre os animais, que foram encontrados em uma casa na Zona Norte de São Paulo e em outra em Itapecerica da Serra, na região metropolitana, haviam cobras, saruês, macacos, tigre d’angola, ovos de tartaruga em chocadeiras, aranhas, aracnídeos reproduzidos em cativeiros, cobras, ratos, coelhos, gambás, saguis e quatis. Alguns deles correm risco de extinção. A operação segue em andamento e atingirá também outros estados do país.
“O intuito é o de identificar não apenas quem vendia, mas também quem comprou os animais”, diz a Promotoria. “Essas pessoas deverão responder por posse ilegal de animal silvestre.” As informações são do site do Ministério Público Estadual de São Paulo e foram divulgadas pelo Estadão.
A promotora de Justiça Vânia Tuglio, do Gecap, e o delegado Roberto Afonso da Silva encaminharam os animais resgatados ao Parque Anhanguera, onde estão recebendo atendimento médico. Muitos deles apresentavam sinais de desnutrição, desidratação e maus-tratos.
“Uma condição deplorável. Local é imundo, totalmente desorganizado, sujo. As gaiolas enferrujadas, velhas, imundas. Eles visivelmente tinham sede, visivelmente estavam com fome, sem ventilação, sem iluminação natural. Uma situação horrorosa”, afirmou Vânia ao G1.