A nova atualização da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (União Internacional para a Conservação da Natureza) aponta que 38 mil espécies foram classificadas como “ameaçadas de extinção”, totalizando agora 140 mil espécies contanto com animais e plantas.
Entre as novas inclusões estão o dragão-de-Komodo, espécies de tubarões e raias. O dragão-de-Komodo está em risco por causa das atividades humanas e da elevação do mar. Para as raias e tubarões, a situação também é complicada, pois em torno de 37% de todos os integrantes do grupo (condrictes) podem desaparecer do planeta nas próximas décadas.
Felizmente, algumas espécies estão fora de perigo por enquanto, por exemplo, quatro das sete espécies de atum comercializados internacionalmente estão mostrando boa recuperação devido a conscientização e limitação da pesca desses animais nos últimos anos. Além da ação humana, as mudanças climáticas são a principal ameaça para as espécies.
Sem saída para o dragão-de-komodo
Os dragões-de-komodo (Varanus komodoensis) são os maiores lagartos do planeta, podendo atingir três metros de comprimento e pesar cerca de 100kg. São carnívoros e alimentam-se principalmente de porcos selvagens, cervos e até mesmo búfalos. A saliva venenosa do animal permite causar um choque séptico na presa.
Apesar de parecerem perigosos, são animais que não eram conhecidos até meados do século XX, algo que atrapalha na sua conservação por falta de conhecimentos biológicos da espécie. Além disso, os habitats dos dragões-de-komodo são pequenos. Eles vivem nos arredores da Ilha de Flores e, claro, na Ilha de Komodo. Não existem registro deles em mais nenhum outro lugar do planeta.
Pesquisas mostraram que no período de 1970 a 2000, o habitat dos dragões-de-komodo diminuiu em até 40% devido à fragmentação, ou seja, a destruição de florestas e savanas está causando uma ameaça física aos répteis. Além disso, vivem em baixas altitudes, raramente atingindo 700 metros acima do nível do mar.