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Dono da fazenda onde mataram o leão Cecil comparece à justiça

19 de agosto de 2015
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O leão Cecil era uma das maiores atrações de parque nacional no Zimbábue (Foto: REUTERS/A.J. Loveridge/Handout via Reuters)
O leão Cecil era uma das maiores atrações de parque nacional no Zimbábue (Foto: REUTERS/A.J. Loveridge/Handout via Reuters)

O dono do terreno onde um caçador  matou o leão Cecil, símbolo do Zimbábue, em julho passado compareceu a um tribunal nessa terça-feira (18) sob acusação de caça “ilegal”.
A audiência de Honest Ndlovu, proprietário da fazenda Antoinette, foi rápida e a juíza Portia Mhlanga deretou uma fiança de US$ 200 (cerca de R$ 700).
Cecil, macho dominante do parque, era conhecido pela incomum juba preta e era objeto de pesquisa científica sobre a longevidade dos leões da universidade britânica de Oxford, que equipou o animal com uma coleira.
O dentista norte-americano Walter Palmer, que matou o leão mais famoso do Zimbábue, disse que foi enganado por seus guias locais e que acreditava estar caçando “dentro da lei”. Ele pagou 55 mil dólares ao caçador profissional Theo Bronkhorst para poder matar Cecil.
O caçador, que organizou o safári, também está sendo processado.
De acordo com a acusação, o proprietário do terreno no qual Cecil foi morto não tinha uma cota de caça. Segundo algumas informações, o animal teria sido atraído para fora da reserva com uma isca.
Como o leão tinha um colar GPS, os caçadores, além de matá-lo, o decapitaram e desmembraram.
Guerra aos caçadores
Uma semana depois da onda de indignação provocada pela morte de Cecil, o Zimbábue declarou guerra aos caçadores e pediu a extradição do dentista americano.
Autoridades norte-americanas também abriram um inquérito sobre a morte do famoso leão, enquanto o dentista americano que matou o animal permanece foragido.
O país adotou restrições imediatas para a caça de animais grandes como leões, elefantes e leopardos, que a partir de agora está proibida perto da reserva de Hwange, com exceção nos casos de uma autorização escrita dos parques nacionais. Também proibiu a caça com arco.
Criticada por muitos, a caça é uma fonte importante de renda e gera quase 40 milhões de dólares por ano ao Zimbábue, segundo a Autoridade de Proteção da Vida Silvestre e dos Parques Nacionais.
Fonte: G1

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