A dona de uma loja de animais domésticos foi proibida de manter animais exóticos após ser condenada por maus-tratos a cobras, informou a Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA). Inspetores da ONG visitaram a loja de Andrea Maxine Darnell em Hull, cidade na Inglaterra, em maio de 2023, depois de receberem denúncias sobre o bem estar dos animais.
Após a primeira inspeção, Darnell recebeu avisos para melhorar as condições que os animais eram tratados na loja. Um mês depois, em uma segunda inspeção, a RSPCA descobriu que seis cobras viviam em condição extremamente precária.
Cinco cobras-do-milho e uma píton-real estavam frias ao toque, abaixo do peso e quase morrendo, disse a RSPCA. Elas foram apreendidas e pouco depois o conselho revogou a licença da dona da loja de animais domésticos.
Infelizmente, todas as cobras morreram pois estavam desidratadas e extremamente magras, com perda significativa de peso, disse o veterinário responsável pelo caso para a RSPCA. Elas tinham ácaros de cobra e algumas apresentavam sintomas de doença óssea metabólica, com fome e desidratação como a provável causa da morte.
Darnell, de 59 anos, foi processada pela RSPCA e no Tribunal de Magistrados de Hull, no mês passado, e se declarou culpada por causar sofrimento desnecessário às cobras.
Além da proibição de 10 anos sem mantes animais, ela também foi condenada a 250 horas de trabalho não remunerado e deve pagar 400 libras (aproximadamente 2.500 reais) de custas judiciais e uma taxa de 154 libras (em torno de 970 reais) para a vítima, dinheiro que será recebido pela ONG.
“Era responsabilidade legal dessa pessoa cuidar de seus animais, e ela falhou nisso”, disse Laura Barber, inspetora da RSPCA. “Não havia desculpa para não fornecer para essas pobres cobras suas necessidades básicas e não procurar cuidados veterinários quando era abundantemente claro que elas precisavam desesperadamente disso.”