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Dona de chácara onde pit bulls foram resgatados nega maus-tratos

21 de dezembro de 2019
3 min. de leitura
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Paula Roberta Sacchi, proprietária da chácara, afirmou que abomina a prática de rinhas e que não fazia parte do esquema que explorava cães para forçá-los a brigar


A ex-modelo e empresária Paula Roberta Sacchi, proprietária da chácara onde 33 pit bulls foram resgatados, em Itu (SP), nega que os cachorros sofriam maus-tratos e afirma que os visitava constantemente. Ela tinha depoimento marcado nesta quinta-feira (19), mas passou mal e não compareceu à delegacia.

Foto: Ariane Flores/TV TEM – Reprodução/Facebook

Paula afirmou à TV TEM que alugou a chácara para um peruano que é seu amigo há anos. “Eu trouxe meus cachorros de São Paulo e ele trouxe os dele. Então, ele morava na chácara e ficava com os cachorros. Dos 33, 14 eram meus”, conta.

“Nós fazíamos um rodízio. Eu sempre ia para chácara e trazia um ou dois dos cachorros para ficar comigo aqui em casa. Isso porque nós ainda estávamos construindo os espaços para eles ficarem lá, os pequenos canis”, explica.

Ela disse que é contra rinhas e que ficou chocada ao saber da prisão do amigo. “Parecia uma bomba. Parecia que tinha caído uma bomba atômica. Eu não podia acreditar naquilo. Eu abomino esse tipo de prática”, ressalta.

Ela afirma que desconhece o paradeiro do peruano, que foi liberado pela Justiça após audiência de custódia. “Se antes nós tínhamos uma longa amizade, hoje o que nós temos é nada. Se ele participou da rinha ou não, eu não quero mais saber. Eu não aceito esse tipo de coisa”, afirma.

Foto: Reprodução/TV TEM

Na chácara foram encontrados anabolizantes, medicamentos e uma piscina e uma esteira para treinar os cães. A esteira, segundo Paula, foi recomendada por um veterinário para tratar um cão com sobrepeso.

“A esteira nós compramos e usamos uma vez. Depois disso, não mais. Já os anabolizantes eu desconheço. Nunca apliquei anabolizantes nos meus animais e, como eu não morava na casa da chácara, não sabia o que ele mantinha lá dentro”, explica.

Os cães eram mantidos acorrentados em espaços separados. Eles foram encontrados magros, doentes e com fome. Além disso, algumas casinhas estavam vazias, o que levantou a suspeita de que os animais estavam sendo retirados do local.

Foto: Fernando Belon/TV TEM

“Eu não gosto de acorrentar animais. Mas, era preciso porque os canis que estávamos construindo não tinham ficado prontos. Aquilo que acharam que era um ringue, era na verdade um canil em construção”, afirma Paula.

Os policiais que participaram da operação afirmam que não há dúvidas de que os cães sofriam maus-tratos e eram explorados em rinhas, segundo o investigador Bruno Ceccolini.

“Observamos que havia animais trancafiados no fundo, muito doentes, animais com cicatrizes recentes, que são sinais de que eles haviam brigado. Observamos uma estrutura de alvenaria, que é uma rinha”, explica.


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